domingo, 26 de abril de 2015


Combates e ataques fazem novas vítimas no Iêmen

atualizado às 14h21
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Os ataques realizados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita e os combates entre os rebeldes huthis e partidários do presidente no exílio prosseguem fazendo novas vítimas neste sábado no Iêmen, onde a pressão tem aumentado para que as partes dialoguem.
O influente ex-presidente Ali Abdullah Saleh pediu na sexta-feira a seus aliados, os rebeldes huthis, que aplicassem a recente resolução do Conselho de Segurança da ONU, exigindo sua retirada das zonas conquistadas, a fim de obter o fim dos ataques aéreos. Ele apelou à retomada do diálogo.
Mas os huthis, que recebem o apoio do Irã, exigiram o fim dos ataques da coalizão liderada por Riad para possíveis negociações de paz.
Os Estados Unidos, pela voz de seu secretário de Estado John Kerry, também apelaram "aos huthis e àqueles que têm influência" a "se juntar na mesa de negociações".
"Espero que nos próximos dias haja uma desescalada e que nos encontremos em um local onde negociações possam ser mantidas", desejou o chefe da diplomacia americana, no momento em que um novo mediador da ONU para o Iêmen, o mauritano Ismail Ould Cheij Ahmed, é nomeado para ajudar a conduzir a crise.
Os rebeldes xiitas, que ameaçam tomar o poder neste país pobre da península arábica, tomaram a capital Sanaa em janeiro e avançaram até o sul do país, até entrar em Áden, a grande cidade sulista, onde o presidente Abd Rabo Mansur Hadi se refugiou antes de fugir para a Arábia Saudita.
O ex-presidente Saleh (1978-2012), a quem muitas unidades militares permaneceram leais e apoiaram os huthis, exortou os rebeles "a se retirarem de todas as províncias, especialmente de Áden", a principal cidade do sul do país.
No sul do Iêmen, ao menos 92 pessoas morreram nas últimas 24 horas em ataques da coalizão e nos combates entre os rebeldes huthis e partidários do presidente no exílio, segundo fontes médicas e militares.
Apenas em Áden, a grande cidade do sul do país, e na província vizinha de Lahej, 46 rebeldes xiitas huthis morreram nos combates e nos ataques aéreos, segundo uma fonte militar próxima da rebelião.
Os ataques aéreos se concentraram em posições rebeldes em Taëz (leste), a terceira maior cidade do Iêmen, em Áden e na província vizinha de Lahej.
Riad havia anunciado na terça-feira o fim dos bombardeios intensivos, mas se reservou o direito de intervir contra os movimentos rebeldes em caso de ameaça.
Em Áden, posições rebeldes, incluindo o palácio presidencial, foram alvos dos ataques aéreos da coalizão.
Na província de Lahej, os aviões da coalizão atingiram a base militar de Al-Anad, que abrigava as tropas americanas antes de sua retirada em razão do conflito, que agora é controlada pelos rebeldes xiitas.
Mais de 1.000 pessoas, metade deles civis, foram mortos no Iêmen, entre 19 de março e 20 de abril, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a ONU, pelo menos 115 crianças morreram nos combates.
A Anistia Internacional pediu uma investigação sobre as mortes de civis nos ataques aéreos.
AFP   

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