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Kiev, 14 abr (EFE).- Seis soldados ucranianos morreram e 12 ficaram feridos no leste da Ucrânia nas últimas 24 horas em ataques dos rebeldes, informou nesta terça-feira o porta-voz do comando militar de Kiev, Andrei Lisenko.
"Nas últimas 24 horas, seis soldados morreram e 12 ficaram feridos vítimas de provocações armadas" dos separatistas pró-Rússia que atuam na zona, denunciou Lisenko.
Trata-se do maior número de baixas sofridas pelas forças de Kiev em um dia desde o fim da batalha por Debaltsevo, em meados de fevereiro.
"A situação na zona da operação antiterrorista é instável. As provocações armadas continuam praticamente em toda a frente", afirmou Lisenko.
O porta-voz denunciou que os rebeldes utilizaram nas últimas horas morteiros de grande calibre e tanques.
Pouco antes, o comando das forças governamentais na zona do conflito disse que entre às 18h de ontem e a meia-noite (hora local) os separatistas lançaram um total de 26 ataques ao longo da linha de separação das forças.
"A situação mais tensa se observou na região de Donetsk, onde o inimigo atacou nossas posições junto às localidades de Peski, Avdeyevka e Opytnoye com fogo de morteiros, tanques e lança-granadas automáticas", segundo um boletim militar.
Por outro lado, o comando das milícias pró-russas de Donetsk acusou as forças de Kiev de romper a trégua em mais de 60 ocasiões nas últimas 24 horas.
"Nossas posições foram atacadas com todo tipo de armas. Sofremos baixas: um morto e cinco feridos", afirmou um comunicado dos rebeldes divulgado pela DAN, a agência dos separatistas de Donetsk.
Além disso, um jornalista do canal de televisão russo "Zvezda", Andrei Lunev, foi gravemente ferido hoje pela explosão de uma mina na cidade de Shirokino, no sul da região de Donetsk, cenário de permanentes combates.
Shirokino se localiza nas margens do mar de Azov, entre as cidades de Novoazovsk, controlada pelas milícias separatistas, e Mariupol, de quase meio milhão de habitantes e leal ao governo de Kiev.
Representantes da Ucrânia, dos separatistas pró-Rússia e mediadores de OSCE devem realizar hoje uma videoconferência para analisar o cumprimento do plano de paz estipulado em Minsk em fevereiro deste ano.
Segundo o último relatório da ONU, mais de seis mil pessoas, entre elas civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde o início do conflito, no ano passado. EFE
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