quinta-feira, 16 de abril de 2015


Coreia do Sul relembra mortos em naufrágio que traumatizou país

Tragédia aconteceu há um ano. Embarcação que levava 470 passageiros deixou 304 mortos. Comandante foi condenado a 36 anos de cadeia.

A Coreia do Sul lembrou nesta quinta-feira (16) as 304 vítimas do naufrágio que traumatizou o país há exatamente um ano. As fotos dos jovens em um mural que parece não ter fim. Um duro momento para as famílias que perderam os filhos em uma das piores tragédias do país.

O Sewol levava mais de 470 passageiros, a grande maioria estudantes, em um passeio de escola, para uma ilha perto da costa. O barco havia passado por uma reforma não autorizada, levava carga em excesso. Imagens de telefones celulares registraram os adolescentes nas suas cabines, o barco inclinado e o som dos alto falantes dando a orientação que selou o destino de todos: "fiquem nos seus lugares".

O comandante, um dos primeiros a deixar do navio, sem se identificar, foi condenado a 36 anos de cadeia. Muitas acusações recaem até hoje sobre o governo sul coreano. Na demora do resgate, a falha fiscalização portuária, conluio com empresários. Os pais dos estudantes sempre pediram uma investigação independente, mas nunca foram atendidos.
O primeiro ministro sul coreano foi impedido, pelas famílias, de participar de uma das cerimônias. Próximo ao local da tragédia, a presidente Park Geun-hye fez uma promessa: "Vamos fazer o que for necessário para içar o navio o mais rapidamente possível".

Nove corpos nunca foram encontrados e acredita-se que possam estar presos às ferragens.

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