Kerry diz estar confiante de que acordo com Irã será alcançado
Declaração é dada depois de o presidente Obama ceder a pressões e concordar com uma legislação que dá ao Congresso poder de rejeitar o acordo final com o Irã.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta quarta-feira (15/04) que continua confiante de que as negociações sobre um acordo nuclear com o Irã serão bem-sucedidas. A declaração foi dada depois de o presidente Barack Obama concordar em assinar uma legislação que dá ao Congresso poderes para rejeitar o acordo a ser negociado com o Irã.
O compromisso, aprovado pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado, aumenta o poder dos congressistas de bloquear o acordo final com o Irã e foi interpretado como uma vitória dos republicanos, contrários às negociações. O governo de Israel celebrou a decisão.
Entretanto, a legislação, que agora será encaminhada para debate e votação no Senado, prevê que o período para revisão do acordo seja reduzido de 60 para 52 dias. A polêmica obrigação de que Obama assegure ao Congresso que o Irã não estaria envolvido em práticas terroristas também foi removida do texto.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, disse que o fim das sanções é requisito para que se chegue a um acordo sobre o programa nuclear. Sobre o acerto de Obama com o Congresso, declarou que essa é uma questão interna dos Estados Unidos.
As potências mundiais que negociam com o Irã devem resolver uma séria de questões técnicas até o dia 30 de junho para que um acordo final seja viável, incluindo os passos para a remoção das sanções e dúvidas sobre as dimensões militares de seu programa nuclear.
Muitos dos países envolvidos nas negociações participam do encontro do G7 na cidade alemã de Lübeck, que também trata de crises internacionais, como as do Iêmen e da Ucrânia, e a ameaça do "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque. Kerry está em , onde participa do encontro.
RC/afp/ap/rtr/dpa
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