Petrobras começa apresentação do seu balanço auditado
Além do presidente da empresa, Aldemir Bendine, participam da coletiva diretores de áreas estratégicas da empresa. São eles: João Adalberto Elek Junior, Diretor de Governança, Risco e Conformidade, Hugo Repsold Júnior, Diretor de Gás e Energia, Solange Guedes, Diretora de Exploração e Produção, Ivan de Souza Monteiro, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Jorge Celestino Ramos, Diretor de Abastecimento, Roberto Moro, Diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais e Antônio Sérgio Oliveira Santana, Diretor Corporativo e de Serviços (interino).
Durante o dia, o Conselho de Administração da estatal se reuniu para avaliar os números. A estatal é alvo de investigações da Polícia Federal que revelaram, pela Operação Lava Jato, esquema de corrupção e desvio de verbas em contratos da empresa.
De acordo com o balanço, a Petrobras apresentou prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano de 2014, em função, principalmente, da perda por desvalorização de ativos, impairment (R$ 44,6 bilhões), da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no âmbito da Operação Lava Jato (R$ 6,2 bilhões), do provisionamento de perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 4,5 bilhões), das baixas dos valores relacionados à construção das refinarias Premium I e II (R$ 2,8 bilhões) e do provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário-PIDV (R$ 2,4 bilhões).
Segundo a estatal, no terceiro trimestre de 2014 foi apurado prejuízo de R$ 5,3 bilhões. A diferença em relação ao lucro líquido divulgado em 27 de janeiro de 2015, de R$ 3,1 bilhões, reflete a baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no âmbito da Operação Lava Jato (R$ 6,2 bilhões), além de um complemento de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico de R$ 1,6 bilhão. O prejuízo de R$ 26,6 bilhões no quarto trimestre de 2014 refletiu a perda por desvalorização de ativos (impairment).
Na avaliação da companhia, a maior parte dessa perda foi relacionada às atividades de refino, devido a problemas de planejamento dos projetos, utilização de taxa de desconto com maior prêmio de risco, postergação da expectativa de entrada de caixa e menor crescimento econômico. Na atividade de Exploração e Produção o impairment ocorreu em função do declínio nos preços do petróleo. Ainda na análise da Petrobras, como destaque operacional, a produção de petróleo e gás natural (Brasil e exterior) cresceu 5% em relação a 2013, atingindo a média de 2 milhões 669 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2014. A produção do Pré-sal contribuiu com 381 mil bpd no ano, com recorde de produção diária de petróleo estabelecido em 21 de dezembro, com 713 mil barris.
O balanço revela ainda que no ano, quatro novas plataformas entraram em operação e 87 novos poços foram interligados no Brasil. No refino, a produção total de derivados de 2014 foi de 2 milhões 170 mil bpd, 2% acima de 2013. Em novembro entrou em operação o 1º trem da RNEST. Os investimentos totalizaram R$ 87,1 bilhões em 2014, uma redução de 17% em relação a 2013. A Companhia terminou o ano com R$ 68,9 bilhões em caixa.
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