segunda-feira, 20 de abril de 2015


 Semifinal entre Corinthians e Palmeiras, decisão nos pênaltis. O camisa 7 alvinegro bate a cobrança decisiva, o goleiro palmeirense pula no canto direito e sai para fazer a festa com a torcida. Nos últimos 15 anos essa era a narração da Libertadores da América de 2000, mas neste domingo virou também a do Campeonato Paulista de 2015. Elias, camisa 7 alvinegro, assim como Marcelinho Carioca no passado, tinha a chance de eliminar o Palmeiras na quinta cobrança corintiana, mas parou em Fernando Prass, que teve tarde de São Marcos.
 Foto: Gazeta Press
Marcos se consagrou na Copa Libertadores de 1999
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A diferença entre os dois lances é que no primeiro a cobrança do ídolo corintiano sacramentou a ida palmeirense para a final, enquanto o deste domingo significou apenas sobrevivência. Se Elias convertesse, era ele e seus companheiros que jogariam no próximo domingo contra o Santos. Prass ainda defendeu a cobrança de Petros durante a disputa de alternadas para garantir a vaga.
 Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press
Prass também está cada vez mais consagrado na história do Palmeiras
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Prass é cauteloso ao falar sobre a comparação: "eu não tenho moral para carregar uma comparação como essa. O Marcos é um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, o maior goleiro da história do clube e um dos maiores do mundo. Eu sempre falei, desde que cheguei ao clube (em 2013), que o Marcos construiu a história dele e eu estou tentando construir a minha. Posso não ser o melhor goleiro do mundo, mas sou um cara que trabalha bastante, é companheiro e não foge da briga, o que o Palmeiras precisar para ganhar eu vou fazer", declarou Prass, em entrevista à TV Bandeirantes.
Mas Prass se empolga ao comentar a defesa deste domingo: “a adrenalina vai lá em cima, até porque o primeiro que defendi fechava a série. O mais difícil é se manter sereno, manter calmo, para ter o discernimento, porque o nervosismo embaralha os pensamentos”, analisou Prass sobre o pênalti que salvou o Palmeiras. “É mais feeling na hora de bater. Até o Petros pensei que ia bater no canto contrário, e na hora que ele colocou o pé, enquadrou o corpo, eu decidi mudar de lado e levei sorte”, analisou o goleiro sobre o pênalti que garantiu a vaga.
Herói! Prass pega cobrança de Petros e classifica Palmeiras
O passado não faz apenas o palmeirense ter um gosto especial com a partida deste domingo. Goleiro do Vasco nos duelos contra o Corinthians em 2011 e 2012, Prass admite: o rival estava engasgado em sua garganta por um bom tempo.
“A gente perdeu um brasileiro por dois pontos, e o que doeu mais é que foram com dois erros gravíssimos de arbitragem contra o Flamengo . Na Libertadores, fizemos dois grandes jogos e saímos aos 43min, no gol do Paulinho. Estava engasgado”, comemorou o arqueiro.
As comparações com o ano de 2000 não ficaram apenas na torcida. Paulo Nobre, presidente do Palmeiras , também relembrou dos grandes confrontos dos tempos de Felipão após a semifinal do Paulista. “Toda disputa em pênaltis te remete a outras que você participou. Lembrei na final da Libertadores, lembrei das disputas contra o Corinthians também”, comentou o mandatário.

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