Joaquim Levy diz esperar que desaceleração seja 'temporária'
Disciplina fiscal continua sendo 'pilar central' da política econômica do país.
Ministro da Fazenda está em Londres e falou a investidores.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira (13) esperar que a desaceleração econômica no Brasil seja "temporária" e que a disciplina fiscal continua sendo um pilar central da política econômica do país, conforme a alta dos preços das commodities enfraquece.
Falando a investidores em Londres, Levy afirmou que a disciplina fiscal é necessária para proteger a economia contra os efeitos inflacionários da depreciação do real.
Ele acrescentou esperar que a confiança empresarial melhore nos próximos meses e constatou que o Brasil precisa reduzir os encargos com a dívida devido ao peso sobre o crescimento, pedindo que o Banco Central permaneça vigilante em relação à inflação.
Analistas consultados na pesquisa Focus do BC projetam contração do Produto Interno Bruto neste ano de 1,20%, o que seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009. A expectativa para a inflação é de 8,29%, bem acima do teto da meta do governo, de 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Ajuste fiscal
No ano passado, o governo gastou bem mais do que arrecadou. Fechou no vermelho, criando o maior rombo (déficit) nas contas públicas da história. Não sobrou dinheiro nem para pagar os juros da sua dívida – o chamado “superávit primário” – uma segurança de que o país não dará calote.
No ano passado, o governo gastou bem mais do que arrecadou. Fechou no vermelho, criando o maior rombo (déficit) nas contas públicas da história. Não sobrou dinheiro nem para pagar os juros da sua dívida – o chamado “superávit primário” – uma segurança de que o país não dará calote.
Para tentar salvar as finanças do governo em 2015, a presidente Dilma Rousseff convocou uma nova equipe econômica. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu arrumar as contas públicas até o fim do ano. Criou então a ambiciosa meta de um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor público (estados, municípios e estatais).
Mas para isso, ele avisou que seriam feitos vários sacrifícios. O ajuste fiscal chegou a ser chamado de “saco de maldades”, mas Levy deixou claro que esse seria o único caminho possível para retomar o crescimento e evitar uma situação pior.
Na prática, o “aperto” consiste em duas ações: cortar despesas do governo e elevar a arrecadação.
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