Um mundo de assombrações. Entre Histórias, Otras Histórias
Um Presente Pesquisa foi realizada na Pequena Comunidade de Santa Tereza como Margens o açude Paulo Sarasate Na cidade de Hidrolândia-Ce, ESTA Cidade Que ESTÁ geograficamente Situada no sertão cearense central, Onde há predominância do clima semi-árido, ASSIM uma temática da Pesquisa, MESMO estando ligada à memória dos moradores SERA O Modo de vida Dentro das Possibilidades da cultura não semi-árido nordestino, contudo hum Fato de Relevância na Pesquisa Será uma Localidade pesquisada Ser banhada cabelo açude Paulo Sarasate, Onde o MESMO terá papel Determinante na Memória de vida daquela Comunidade. um MESMA E PARTE Integrante de da monografia de término de curso. Entre Histórias, Otras Histórias
Ao falarmos das Memórias dos sertanejos NÃO poderíamos deixar de nos ater um cessos Lados das Histórias de assombrações de hum mágico sertão AINDA, não SENTIDO de misterioso, com SUAS Noites escuras, na DÉCADA DE ONDE NÃO sessenta possuía Energia Elétrica O Que Fazia da Noite não algo misterioso sertão AINDA cabelo escuro da Noite das Sobras das arvores.
O Percurso that vai se configurando parágrafo ESSA Pesquisa persegue NÃO Apenas o significado do Mistério da caatinga, mas also o significado da Memória construida em torno Desse Mistério, o SENTIDO simbólico Que carregam Certas plantas, certos animais, Certas horas do dia UO da Noite e MESMO certos Acidentes de relevo, e Que Fazem emergiram Sentimentos Como medo, Respeito, O Fascínio em torno fazer that julga vulgarmente 'superstição' [1]
UM ritmo Nao Muito distante de para NOSSOS Narradores, escutar essas Histórias e se proporcio um analisar E adentrar NUMA cultura rica Onde o Trabalho em muitos Casos se confunde com o lazer, Pessoas era Compreender Que NÃO Perdidas num ATRASO cultural, MESMO Como nsa coloca E. P Thompson, em Seu Livro Costumes em Comum ", como Gerações sucessivas Já NÃO se colocam na posição de Aprendizes UMAs das Otras" [2] e Um Modo de viver peculiar, sem sertão, Que ágora banhado Pelas Águas do Araras, se afirmava Como hum sertão Molhado.
A Memória dos indivíduos Precisa Ser preservada, Quando iniciamos Nossas Conversas ERAM Comuns NAS falas dos NOSSOS Narradores, expressões do tipo: 'Hoje NÃO SE ISSO Faz Mais', 'não Nosso tempo era ASSIM', Fazendo referencia Ao Seu ritmo A Época Outra, E Como se não fosse Presente NÃO Seu tempo, seria o ritmo dos Mais Jovens, uma ESTÁ Memória em constante Adaptação AOS momentos, vejamos O Que Diz Portelli nsa uma Respeito Desse ASSUNTO.
Para Que o contador se recupere do Tempo e se movimente Frente para qualquer tempo, o conto Precisa Ser preservado. Isto É se aplică tanto Às Narrativas indivíduos Quanto à Coletivas: Aplica-se TAMBÉM AOS mitos that moldam uma Identidade de hum grupo, tanto Quanto às recordações Pessoais Que moldam uma Identidade fazer individuo [3].
O NOSSOS ritmo de para Narradores EM Alguns momentos ESTÁ em algo distante, that NÃO PODE Ser alcançado, distanciado, 'é o ritmo do mito do conto de fadas "[4].
Como Narrativas Não São imutáveis, pois Como o narrador ESTÁ em constante Experiências com o Presente adquirido Novas Possibilidades, Novos Aspectos São colocados NAS SUAS Narrativas, Novos Elementos São incorporados como Suas Histórias. Uma pessoa DEVE ter contado SUA vida Inteira, em Uma narrativa Curta e Direta, mas è diferente de Sentar Uma tarde é ser inquirido POR Alguém com hum Gravador uma Histórias Contar, de SUA vida, infância, o tom da narrativa normalmente Será chamada outro.
Como Narrativas Sobre contos, lobisomem, saci, caiporas, Botijas e Outros assombrações das Águas NÃO encontram hum ritmo Determinado, em algumas Histórias Como um de Ser perseguido Por Um lobisomem Seu Dion se Lembra da Noite Escura de quinta pra sexta, naquele inicio de inverno , Mas Não Lembra o ano, não entanto SUA narrativa vai se Transformando em algo verdadeiro na Sua Imagem that de ele cria da História, Kênia Sousa Rios em Seu Artigo 'A seca nsa Atalhos da oralidade' nsa Mostra Como Narrativas como Vao se Tornando o Imagens Passado na voz do narrador. 'A Memória, AO Ser narrada, Tenta organizar NÃO modo Imagens do Passado, mas also uma vida' [5].
ESSES Atalhos percorridos Pela oralidade nsa permitiram Chegar Até Aquela Noite em that Seu Dion APOS vim de noitada Uma na bodega de Seu Alípio, encontrou com Uma fera na vereda that passava pra Sua Casa.
Eu era nu casa pra medo Não, Nunca fui, mas ai eu via Como Disse da Budega Naquela hora Já adiantada da Meia Noite indiante né, ai Ouvi uns Dizer Que ali tian bicho, Mas Não tian visto né, intão Saiu o barui fei de dento do mato, Aquele bicho grande ali de Lado na cerca Correndo nu meu rumo, ai eu curri NUMA Disparada né, era lobisomem Só Pudia ser, ali Diz Que tian né, ESSA Coisa NAS Noite de quinta pra sexta né, aparecia ELE, Chegui em casa Há aperreado minino Coisa pra Fazer medo. [6]
Segundo Nosso narrador NÃO foi Possível ver Realmente uma fisionomia do Ser Que LHE assombrava, mas Seu imaginário estava ali Presente, JA ouvira como Ser Histórias Sobre Aquele, uma Noite de quinta pra sexta, nenhuma inicio do inverno sem uma Noite Escura estava Estrelas, Criando hum Cenário de pavor Para quem andasse Sozinho Naquela Noite, ENTÃO algo Faz hum Barulho feio, Como nsa narrou Seu Dion, Não é Preciso ir Muito longe Crer na possibilidade, comeu MESMO AINDA Seu Dion duvida, mas como Forças das circunstancias LHE Fazem ter ESSA Relação that poderia Ser o Tão temido bicho
Um mundo de Assombrações nenhuma imaginário sertanejo fazer AINDA E MUITO MESMO Presente nsa Dias Atuais, NAS Localidades AINDA E Comum, comeu Jovens criados Nesse Meio, Hoje com luz Elétrica, Água encanada e Uma Ligação Mais Próxima com a Cidade AINDA Terem medo de sair a Noite, principalmente em Noites de Lua Cheia, that Segundo a Tradição e nessas Noites Que OS lobisomem aparecem.
Keith Tomas em Seu Livro 'O Homem eo Meio natural ", JA nsa falava Dessa Relação de Homens Que Segundo a Tradição se Transformação em animais, metamorfose numa," essas such Histórias ERAM consideradas Poéticas e condenadas Como ficção Diabólica "[7], also Carlos Ginzburg fala da CAPACIDADE que 'as Mulheres tinham em se relacionar com OS animais e se Transformar Nele, Durante o ritual do Sabá,' [8] percebemos como SENTIDO Nesse Relações that OS Homens e Mulheres Ao logotipo dos TEM ano com a Natureza e animais de SO, Historias Contadas, criadas, recriadas cabelo imaginário, Tomando vida NAS Narrativas de Homens Comuns e SUAS VIDAS nenhuma sertão.
A historiadora das Vasconcelos Ao trabalhar Há o Tema assombrações de na caatinga, Fazendo OSU da oralidade Ela vai nsa Dizer Que São Histórias de saci, lobisomem, e Outros Seres de Uma vida selvagem.
De Uma Crença that Não É raro Entre sertanejos do sistema operacional, relacionada A história do lobisomem, E um de that Um Outro morador de SUA Localidade, mulher OU homem, TEM CAPACIDADE uma UO infortúnio de Transformar-se em animal, o TEM Que se evidenciado como São Diferentes Maneiras Que o sertanejos TEM de se relacionar com OS Espaços de vida, Numa peleja de Adaptação UO de Transformação da Natureza do Semi-Árido. [9]
Como Histórias São Práticas de hum sertão Seu, um Modo de pertencimento, E Como se Ao desvendar essas Histórias o encanto de Proteger Aquelas matas ESTÁ perdido, pois como Histórias estao em SUAS Narrativas Como algo that lhes pertencem, Fazem parte de SUA cultura, seu Modo de ver o encanto das Florestas e das Noites escuras do sertão.
A pratica de Contar Histórias nessas terras sertanejas, No Meio do semi-árido nordestino era Muito normal, NAS Noites estreladas de verão, or embaixo do Alpendre Durante Uma chuva de inverno, Aquele sereno duradouro Que Passa A Noite Caindo, invoca OS sertanejos Apos um Janta um Sentar e Começar como Conversa, Hoje ESSA pratica Quase NÃO EXISTE Mais, devido a Energia Elétrica e com ELA a TV, o som, comeu Computadores com internet JÁ SE ENCONTRA EM MUITAS fazendas do sertão cearense.
Comumente, São Histórias Sobre lobisomens, caiporas, visões e Outros Seres Relacionados um Uma suposta vida selvagem, e also Histórias de assombrações Durante como caçadas. Essas assombrações "Horários disciplinam, Bem Como passagens eA Permanência de Seres Humanos em determinados Locais", [10] Como were Possíveis comprovar NAS Entrevistas realizadas nenhum grupo de sertanejos.
O Que ouvimos Muito de NOSSOS Narradores E uma Perda da Tradição de Contar Histórias essas, Seu Florêncio that residem Lá no interior fala that São poucas como vez Que se reunem parágrafo Contar Histórias nenhuma terreiro, ELE Afirma Gostar de conversar Sobre essas Histórias, foi pois ASSIM Que viveu SUA infância e POR Muito tempo, mas Hoje Coisas como São Otras, ELE Diz Que Os Jovens TEM Outros divertimentos.
Pensar essas Narrativas NÃO Como Uma alusão Ao bestial, uma Um Mundo perdido sem cultura, mas Como uma Formulação de Uma ética, Uma forma de viver, não semi-árido, com uma lua A CÉU A Noite eo vento soprando NAS Janelas com Aquele assobio característico Desses Espaços de serões uma Noites nsa alpendres de casa, OU NAS casas de Farinhas Como Já citamos NAS Noites de farinhadas. ISSO nsa Faz ver O Que o sertanejo PENSA de si MESMO e de Seu Proprio Espaço, Uma Vez Que cessos Homens e Mulheres São Portadores de Uma Sabedoria Que Será transmitida com SUAS Experiências Sociais, REPRESENTANDO Uma coletividade.
Como Histórias São Coletivas, não entanto, Cada individuo TEM SUA particularidade Ao Contar Histórias essas, Seu Florêncio nsa Contou that tinham UMAs PESSOAS engraçadas, Que O Povo Gosta de Ouvir Contar Histórias, parágrafo ELE Uma lugar Onde se reunia Muita gente para essas Histórias era uma casa de farinha, Veja Como ELE NOS Contou dessas UMA Histórias.
Dinheiro era ouro, ai apareceu Uma Visagem ai no pé da oiticica tinha Uma Arueira Dentro da oiticica, Dentro da Arueira tinha hum oco seu Manuel dourado guardava Dinheiro ouro Los Angeles, ENTÃO se ali tinha Uma Visagem Uma luz atravessando o rio, uma dona Maria praz QUANDO o rio tava com Muita Água Fazia Aquele remanso enguias pegava Muito Cangati e ai Diz Que Aquela Mão Cheia de areia jogava Em Cima da vara dela fazer anzol, encima daquelas pedras como mulher se assustava e ia se embora, Muita gente ESSE Seu João Macena NÃO tinha medo de nada mas NÃO Um Dia Parece Que o Chapéu DELE subiu da Cabeça that NÃO sentiu mas o Chapéu n Cabeça, mas aí Passou uma luz Lá pra Baixo do Pé de oiticica, AI DEPOIS Veio ESSE Pessoal aí Depois do Açude ai o Que era Carinha fazer Jaibara sonhou com uma botija mas Já tava embaixo d'água, o Antônio do João Martim sonhou also, Mas Não conseguiu Tirar ninguem conseguiu Tirar Não, se me Desse eu achava né o açude secano ágora ta chei Difícil, risadas. [11]
Nessa História de Seu Florêncio percebemos Uma Transformação da Natureza da História, uma botija enterrada fóruns Muito Antes de o açude Araras Ser construido, mas ninguem conseguia Como Tirar uma botija, o ouro ali encantado, ENTÃO Uma Visagem Como ELE PROPRIO ficava ali na oiticica, ENTÃO Apos o Açude um Visagem that Antes jogava areia em Quem ia pescar no rio that ali passava, ágora com o Açude um oiticica ficou Coberta E de forma descobriu POR Duas vez em 1983 n'uma seca na Região e em 1993 dez Anos Depois Outra seca, ENTÃO NÃO Jogando Mais areia, mas Seu Segundo Florêncio ágora ali sempre Aparece Uma luz uma Noite e Espanta OS pescadores.
Sobre ESSA Paisagem vivenciada nenhuma sertão de outrora vejamos O Que uma historiadora Vasconcelos nsa Diz em Seu Artigo 'Tempos e Memórias, Caminhos parágrafo OS sertanejos: Quem Conta Histórias? Aonde a autora vai Falando de SUAS Experiências Com Os Narradores dessas terras sertanejas em pleno sertão cearense, com como vivencias e Experiências de Sujeitos em Um Mundo AINDA ISOLADO dos Grandes Centros.
Ao MESMO ritmo, conheci O Trabalho Comunitário da raspa, Moagem e Secagem da mandioca parágrafo um FABRICACAO de farinha, convivi com OS serões Noturnos that, Nesse Período da Farinhada, reunia na MESMA, casa de farinha, Homens e Mulheres a contarem uns EAo Outros ULTIMOS OS acontecimentos, Historias caçadas, de Encontro com lobisomem, visagens nsa Caminhos da matas, Lugares assombrados that traçavam uma geografia de hum sertão mágico. [12]
A historiadora ESTÁ se referindo a essas Histórias, that citamos Como um de Seu Dion na SUA Experiência Daquele dia escuro a Meia Noite, buscando entendre nessas Histórias, or Melhor, entendre ESSA pratica de contação de Histórias dessas, em Seu contexto de vida Como num Mais Geral contexto, e Com Esse Que SENTIDO Estamos Trabalhando, entendre essas Memórias EA SUA Formação Naquela Localidade.
Afinal Estamos Falando de cultura UMA that Nao Podemos Deixa de Chamar de cultura popular, pois ESTÁ inserida No Meio do Povo, potencialmente transmitida Pela oralidade em Meio Ao povo. Essas PESSOAS Que Estamos PROCURANDO conhecer e Melhor Leva-los para à historiografia AINDA estavam Pedidos n'uma massa Chamada 'povo'.
Vejamos O Que Nos Diz o historiador Peter Burke em Seu Livro 'A Cultura Popular na Idade Moderna, Analisa ELE Onde a cultura de Modo AMPLO, buscando reconhecer o povo, Exibindo Qual a importancia de se escrever Sobre determinadas Tradições OU Culturas Que estao desaparecendo, Como è O Caso das casas de Farinhas do sertão cearenses e SUAS contações de Histórias NAS reunioes de alpendres.
A cultura popular, de 1800 Descoberta foi, or cabelo Menos ASSIM OS julgava descobridores, bem à andamento. O tema de Uma cultura em desaparecimento, that DEVE Ser registrada pingos Que seja tarde demais, E Recorrente nsa Textos, Fazendo com that they lembrema Preocupação Atua das Sociedades tribais em extinção [13]
A cultura do povo Precisa Ser Escrita, Como Burke escreveu that Sobre as PESSOAS Comuns, Contadores de História Profissional OU ocasional, Cantores, Músicos, Menestréis, Histórias de Pessoas simples, ASSIM O Nosso Trabalho procurou PESSOAS simples, Histórias Que coletividade representam uma, Uma cultura sertaneja.
Nesse SENTIDO O Nosso Trabalho deu um nomos essas PESSOAS that ERAM consideradas massas populares, Hoje here they TEM nome, Seu Florêncio, dona Nenem, Seu Dion, seu Antonio Duarte, dona Marieta, sos Entrevistados mostraram SUAS Histórias, mas they Fazem parte de Uma coletividade maior, SUA Comunidade Onde SUAS Memórias were forjadas, ASSIM essas PESSOAS estao inseridas em algo maior, uma SUA individualidade representação Aquela coletividade Que viveu em Santa Tereza do nas Décadas de sessenta e setenta.
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