CONFLITO NA SÍRIA:
Cairo, 12 mar (EFE).- Cerca de 14 milhões de crianças do Oriente Médio foram afetadas pelos conflitos que devastam a Síria e parte do Iraque e que obrigaram muitos deles a se deslocarem internamente ou a outros países, denunciou nesta quinta-feira a Unicef.
Em comunicado, a organização da ONU para a infância assegurou que a situação de 5,6 milhões de crianças da Síria, que entra no quinto ano de conflito, é "desesperada".
Deste número, cerca de 2 milhões vivem sitiadas em zonas às quais a ajuda humanitária não tem acesso devido aos combates.
A Unicef acrescentou que 2,6 milhões de crianças sírias não podem comparecer à escola e que outras 2 milhões vivem em campos de refugiados do Líbano, Turquia e Jordânia, assim como em outros países.
A estes dados é preciso somar a difícil situação que atravessam outros 3,6 milhões de menores procedentes de comunidades vulneráveis dos estados de amparo, que também estão sofrendo a deterioração dos serviços educativos e de saúde em seus países por causa da chegada em massa de refugiados.
Quanto à crise no Iraque, a escalada da violência forçou cerca de 2,8 milhões de crianças a abandonar seus lares, enquanto muitos outros estão presos em zonas controladas por grupos armados, segundo Unicef.
"Para as crianças menores, a crise é tudo o que conheceram. Para os adolescentes, em etapa de formação, a violência e o sofrimento não só aterrorizaram seu passado, mas determinam seu futuro", lamentou o diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake.
Na opinião de Lake, ao completar o quarto ano de conflito na Síria, que começou em março de 2011, "a juventude está em perigo de se perder no ciclo de violência".
A Unicef menciona, no entanto, alguns exemplos positivos de como as crianças estão decididos seguir com suas vidas, como o do sírio Alaa, de 16 anos, que fugiu da cidade de Homs e continuou seus estudos e dá cursos de formação a outros menores.
Lake também faz referência ao caso de Christina, de 10 anos, que vive em um acampamento no norte do Iraque e que ajuda crianças deslocadas com seus estudos.
A fim de construir um futuro mais estável e cobrir as necessidades das crianças, a Unicef solicita que haja oportunidades para que possam continuar sua educação e formação.
A ajuda psicológica e o reforço dos sistemas educacionais e de saúde dos países de amparo são outros dois assuntos que a Unicef pede melhoriasr para atender os menores da região. EFE
Cairo, 12 mar (EFE).- Cerca de 14 milhões de crianças do Oriente Médio foram afetadas pelos conflitos que devastam a Síria e parte do Iraque e que obrigaram muitos deles a se deslocarem internamente ou a outros países, denunciou nesta quinta-feira a Unicef.
Em comunicado, a organização da ONU para a infância assegurou que a situação de 5,6 milhões de crianças da Síria, que entra no quinto ano de conflito, é "desesperada".
Deste número, cerca de 2 milhões vivem sitiadas em zonas às quais a ajuda humanitária não tem acesso devido aos combates.
A Unicef acrescentou que 2,6 milhões de crianças sírias não podem comparecer à escola e que outras 2 milhões vivem em campos de refugiados do Líbano, Turquia e Jordânia, assim como em outros países.
A estes dados é preciso somar a difícil situação que atravessam outros 3,6 milhões de menores procedentes de comunidades vulneráveis dos estados de amparo, que também estão sofrendo a deterioração dos serviços educativos e de saúde em seus países por causa da chegada em massa de refugiados.
Quanto à crise no Iraque, a escalada da violência forçou cerca de 2,8 milhões de crianças a abandonar seus lares, enquanto muitos outros estão presos em zonas controladas por grupos armados, segundo Unicef.
"Para as crianças menores, a crise é tudo o que conheceram. Para os adolescentes, em etapa de formação, a violência e o sofrimento não só aterrorizaram seu passado, mas determinam seu futuro", lamentou o diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake.
Na opinião de Lake, ao completar o quarto ano de conflito na Síria, que começou em março de 2011, "a juventude está em perigo de se perder no ciclo de violência".
A Unicef menciona, no entanto, alguns exemplos positivos de como as crianças estão decididos seguir com suas vidas, como o do sírio Alaa, de 16 anos, que fugiu da cidade de Homs e continuou seus estudos e dá cursos de formação a outros menores.
Lake também faz referência ao caso de Christina, de 10 anos, que vive em um acampamento no norte do Iraque e que ajuda crianças deslocadas com seus estudos.
A fim de construir um futuro mais estável e cobrir as necessidades das crianças, a Unicef solicita que haja oportunidades para que possam continuar sua educação e formação.
A ajuda psicológica e o reforço dos sistemas educacionais e de saúde dos países de amparo são outros dois assuntos que a Unicef pede melhoriasr para atender os menores da região. EFE
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