A Fitch rebaixou o rating de longo prazo em moedas estrangeira e local do Japão, de A+ para A. O rating de bônus sem garantia do país também foi reduzido, de A+ para A. A perspectiva dos ratings é estável. Além disso, a agência de classificação de risco cortou o teto país do Japão, de AA+ para AA, e o rating de curto prazo em moeda estrangeira, de F+1 para F1.
Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete o fato de o governo japonês não ter incluído medidas fiscais estruturais suficientes no plano de Orçamento para o ano fiscal iniciado neste mês e que se encerra em março de 2016 para compensar o adiamento de uma elevação do imposto sobre consumo.
A Fitch havia colocado os ratings do Japão em observação para possível rebaixamento em 9 de dezembro do ano passado, após a decisão de Tóquio de postergar o aumento do imposto sobre consumo, que era a parte central de seus esforços de consolidação fiscal no médio prazo. Na ocasião, a agência alertou que cortaria os ratings do país asiático na ausência de medidas orçamentárias que compensassem o adiamento.
Em comunicado, a Fitch ressaltou que o principal fator de fraqueza para os ratings do Japão é sua elevada e crescente dívida. A agência prevê que a dívida do governo geral japonês atingirá 244% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2015, de longe a maior proporção entre países com ratings. A expectativa da Fitch é que a relação dívida bruta/PIB do país se estabilize em torno de 250% em 2020.
O desempenho macroeconômico do Japão também compromete seus ratings, segundo a Fitch. No mês passado, a agência reduziu sua projeção de crescimento do país em 2015 para 1,3%, de 1,5% anteriormente.
Por outro lado, a Fitch notou que os ratings japoneses são favorecidos por sólidos fundamentos de crédito, que incluem renda elevada, economia próspera, altos padrões de governança, instituições públicas fortes e estabilidade social e política.
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