segunda-feira, 27 de abril de 2015



Itamaraty continua buscas por brasileiros desaparecidos no Nepal

No Brasil, ainda há famílias que sofrem porque não conseguem contato com os parentes. Itamaraty já localizou 60 dos 79 brasileiros.

O Itamaraty já localizou 60 dos 79 brasileiros que estavam no Nepal na hora dos tremores. É um alívio para as famílias receber notícias, mas a situação ainda é dramática. No Brasil, ainda há famílias que sofrem porque não conseguem contato com os parentes que estavam lá no Nepal. A angústia aumenta a cada minuto que passa sem notícia deles.
“Foi a pior sensação da minha vida. A gente estava tudo lá dentro e saiu tudo correndo para fora, isso aqui é muito alto. A gente achou que ia cair tudo e eu comecei a chorar, foi horrível”, conta a empresária Adriana Faina.
O relato emocionado é de uma mineira de Uberlândia. Adriana foi ao Nepal para fazer uma escalada que duraria nove dias. O grupo estava no primeiro acampamento quando houve o terremoto.
Os brasileiros que já fizeram contato com as famílias estão enfrentando dificuldade para sair do Nepal. A situação do país é precária. Os voos estão atrasados e a comunicação é difícil.
Giancarlo, dono de uma agencia de turismo, conseguiu falar com o sócio dele no sábado. João Ricardo lidera um grupo de sete turistas. Eles estão nas montanhas e tentam agora voltar a Katmandu para retornar ao Brasil. “Contato é uma vez por dia só que a gente está conseguindo com eles. Então a minha maior preocupação é leva-los para Katmandu e retirá-los o mais rápido possível de Katmandu. Não tem hotel para todo mundo e as pessoas estão evitando ficar dentro dos prédios”, afirma.
O produtor cultural maranhense disse que estava no hotel quando aconteceu o terremoto.
Ele conseguiu pegar um voo para a Tailândia. “Fomos na internet, conseguimos comprar um voo para Bangok e esse voo que foi a nossa salvação”, conta Nelson Piquet.
Aurélio Magalhães é de Marília, interior de São Paulo. Ele mandou notícias dizendo que não se feriu. Aurélio contou que os tremores continuam constantes: “Todo mundo fora de casa, difícil obter energia, difícil obter internet. A cidade está em estado de calamidade”, conta.
Em Sorocaba, também no interior paulista, a família de Daniel Ribeiro, de 31 anos, tenta localizar o rapaz, que trabalhava como voluntário no Nepal. A última vez que ele fez contato foi na quinta-feira, quando disse que estava indo de Katmandu para o Himalaia.
“Agora estamos na expectativa de notícias positivas, porque temos muita fé nisso. E que esteja tudo bem com ele e que retorne logo para o Brasil e nos dê notícia, o mais importante”, afirma o pai, Julio César Ribeiro.
Na Bahia, parentes também estão preocupados porque não conseguem localizar Manoel Azevedo Júnior, de 52 anos. O analista do Tribunal de Justiça foi para o Nepal com o amigo Sérgio, um empresário apaixonado pelo oriente, mas acabou ficando sozinho porque na Índia, Sérgio ficou doente e teve que voltar para o Brasil. “Informações do guia é que ele está em Katmandu”, conta Sérgio Sepúlveda.
A Cruz Vermelha criou um site para ajudar quem busca informações. O ministro das Relações Exteriores disse que está reforçando a embaixada do Brasil no Nepal. “Vamos criar um posto de atendimento no aeroporto identificadas com cartazes e bandeiras brasileiras. E a embaixada em Katmandu tem procurado localizar os brasileiros que lá se encontram”, afirma Mauro Vieira.
O Itamaraty divulgou dois números de emergência para onde é possível ligar.
Ligações no Brasil: 61 8197-2284
Ligações para o Nepal: + 9771 472 1378

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