Itamaraty continua buscas por brasileiros desaparecidos no Nepal
No Brasil, ainda há famílias que sofrem porque não conseguem contato com os parentes. Itamaraty já localizou 60 dos 79 brasileiros.
O Itamaraty já localizou 60 dos 79 brasileiros que estavam no Nepal na hora dos tremores. É um alívio para as famílias receber notícias, mas a situação ainda é dramática. No Brasil, ainda há famílias que sofrem porque não conseguem contato com os parentes que estavam lá no Nepal. A angústia aumenta a cada minuto que passa sem notícia deles.
“Foi a pior sensação da minha vida. A gente estava tudo lá dentro e saiu tudo correndo para fora, isso aqui é muito alto. A gente achou que ia cair tudo e eu comecei a chorar, foi horrível”, conta a empresária Adriana Faina.
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O relato emocionado é de uma mineira de Uberlândia. Adriana foi ao Nepal para fazer uma escalada que duraria nove dias. O grupo estava no primeiro acampamento quando houve o terremoto.
Os brasileiros que já fizeram contato com as famílias estão enfrentando dificuldade para sair do Nepal. A situação do país é precária. Os voos estão atrasados e a comunicação é difícil.
Giancarlo, dono de uma agencia de turismo, conseguiu falar com o sócio dele no sábado. João Ricardo lidera um grupo de sete turistas. Eles estão nas montanhas e tentam agora voltar a Katmandu para retornar ao Brasil. “Contato é uma vez por dia só que a gente está conseguindo com eles. Então a minha maior preocupação é leva-los para Katmandu e retirá-los o mais rápido possível de Katmandu. Não tem hotel para todo mundo e as pessoas estão evitando ficar dentro dos prédios”, afirma.
O produtor cultural maranhense disse que estava no hotel quando aconteceu o terremoto.
Ele conseguiu pegar um voo para a Tailândia. “Fomos na internet, conseguimos comprar um voo para Bangok e esse voo que foi a nossa salvação”, conta Nelson Piquet.
Ele conseguiu pegar um voo para a Tailândia. “Fomos na internet, conseguimos comprar um voo para Bangok e esse voo que foi a nossa salvação”, conta Nelson Piquet.
Aurélio Magalhães é de Marília, interior de São Paulo. Ele mandou notícias dizendo que não se feriu. Aurélio contou que os tremores continuam constantes: “Todo mundo fora de casa, difícil obter energia, difícil obter internet. A cidade está em estado de calamidade”, conta.
Em Sorocaba, também no interior paulista, a família de Daniel Ribeiro, de 31 anos, tenta localizar o rapaz, que trabalhava como voluntário no Nepal. A última vez que ele fez contato foi na quinta-feira, quando disse que estava indo de Katmandu para o Himalaia.
“Agora estamos na expectativa de notícias positivas, porque temos muita fé nisso. E que esteja tudo bem com ele e que retorne logo para o Brasil e nos dê notícia, o mais importante”, afirma o pai, Julio César Ribeiro.
Na Bahia, parentes também estão preocupados porque não conseguem localizar Manoel Azevedo Júnior, de 52 anos. O analista do Tribunal de Justiça foi para o Nepal com o amigo Sérgio, um empresário apaixonado pelo oriente, mas acabou ficando sozinho porque na Índia, Sérgio ficou doente e teve que voltar para o Brasil. “Informações do guia é que ele está em Katmandu”, conta Sérgio Sepúlveda.
A Cruz Vermelha criou um site para ajudar quem busca informações. O ministro das Relações Exteriores disse que está reforçando a embaixada do Brasil no Nepal. “Vamos criar um posto de atendimento no aeroporto identificadas com cartazes e bandeiras brasileiras. E a embaixada em Katmandu tem procurado localizar os brasileiros que lá se encontram”, afirma Mauro Vieira.
O Itamaraty divulgou dois números de emergência para onde é possível ligar.
Ligações no Brasil: 61 8197-2284
Ligações para o Nepal: + 9771 472 1378
Ligações para o Nepal: + 9771 472 1378
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