Líder extremista suspeito da morte de bebê palestino continuará preso
Homem de 20 anos foi preso na segunda-feira em Safed.
Ele teria participado de incêndio em igreja cristã às margens do Tiberíades.
Um tribunal israelense ordenou nesta terça-feira (4) o prolongamento da prisão do chefe de um grupo extremista judeu, que foi o primeiro a ser preso depois do incêndio criminoso que matou um bebê palestino na Cisjordânia.
O tribunal de Nazaré, norte de Israel, estendeu até domingo (9) o período de prisão provisória de Meir Ettinger, segundo fontes judiciais. Os serviços de segurança israelenses prenderam Ettinger na segunda-feira (3), em Safed.
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Meir Ettinger, cerca de 20 anos, foi preso por crimes nacionalistas, segundo um porta-voz da Polícia, que não especificou se ele era suspeito de estar diretamente envolvido no incêndio de sexta-feira (31).
Segundo a imprensa israelense, ele seria suspeito de ser o cérebro de um pequeno grupo responsável pelo incêndio em 18 de junho daIgreja da Multiplicação, às margens do lago Tiberíades, uma Meca do cristianismo.
Meir Ettinger é o neto de Meir Kahane, um rabino que fundou o movimento racista antiárabe Kach, assassinado em 1990 em Nova York.
Ele havia sido proibido no início de 2015 ano de entrar na Cisjordânia pelo período de um ano, assim como em Jerusalém, "em razão de suas atividades".
Ainda de acordo com a imprensa local, ele pode ser colocado em detenção administrativa por vários meses, em função do endurecimento da política anunciada pelo governo contra os "terroristas judeus".
A detenção administrativa, comumente utilizada contra palestinos, pode agora ser aplicada a judeus, caso as provas reunidas contra os suspeitos não sejam suficientes para justificar o início de um processo judicial, ou se eles se recusarem a falar durante os interrogatórios.
Nos últimos dias, Meir Ettinger negou, em seu blog, a existência de uma "rede clandestina judaica" e justificou o ataque contra o "pecado" que representa, segundo ele, a existência de igrejas e mesquitas qualificadas como "lugares de culto pagão".
A Polícia israelense também abriu uma investigação sobre as ameaças postadas nas redes sociais contra o presidente Reuven Rivlin, que condenou o "terrorismo judeu", anunciou seu porta-voz nesta segunda-feira.
No mesmo dia do ataque contra a família palestina, Rivlin publicou em sua página do Facebook um texto em árabe e em hebraico, intitulado "mais do que vergonha, sinto dor".
"A dor do assassinato de um bebê, a dor de ver meu povo escolher o caminho do terrorismo e perder sua humanidade", escreveu ele.
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