Presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez são transferidos de prisão no PR
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Eles deixaram a carceragem da PF junto a outros seis presos e seguiram para o Complexo Médico-Penal, que fica em Pinhais
Neste sábado (25), o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, acompanhado do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, e outros seis presos na 14ª fase da Operação Lava Jato foram transferidos da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, Paraná, para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana da capital.
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Eles deixaram a o local em uma van, sob escolta policial. A transferência foi feita após pedido do delegado Igor Romário de Paula, que alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem. O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas.
Críticas
Os advogados da construtora Odebrecht na Operação Lava Jato criticaram o novo pedido de prisão preventiva para os executivos da empresa investigados pela Operação Lava Jato.
Eles disseram que o juiz Sérgio Moro confere prazos diferentes para a acusação e a defesa, não disponibiliza as informações sobre o processo, o que gera disparidade na atuação da defesa e da acusação. Um dos advogados, Tércio Lins e Silva, avaliou que a nova prisão foi uma forma de impedir que os tribunais superiores examinem o pedido de habeas corpus feito pela defesa.
Lins acredita que não houve presunção da inocência neste caso e declarou esta tarde que “essa demonstração midiática para dar satisfação ao público não condiz com o processo democrático”. De acvordo com o advogado, o sigilo bancário de seus clientes não foram respeitados e que dados particulares foram revelados, como mensagens entre familiares.
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A defesa disse que há ilegalidade no decreto de prisão, e alegou que uma prisão processual não pode ser confundida com antecipação de mérito e acrescentou que os executivos da empresa estiveram à disposição da Justiça durante toda a investigação. Segundo os advogados, as análises e interpretações de anotações dos investigados estão desfavorecendo seus clientes.
Na quinta (24), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, pediu ao juiz Sérgio Moro informações sobre o andamento das investigações para que pudesse instruir o julgamento do pedido de liberdade. Pelo despacho, o juiz terá cinco dias para prestar informações.
O presidente da construtora está preso desde o mês passado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em função das investigações da décima quarta fase da Operação Lava Jato. Hoje cedo, Sérgio Moro autorizou a transferência dos executivos para um presídio na região metropolitana de Curitiba.
*Com Agência Brasil
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