quarta-feira, 27 de maio de 2015

Esportes

Irreconhecível, Bauru joga mal, é dominado e perde para o Flamengo na primeira final do NBB7

A segunda partida será no próximo sábado (30), às 10h, no Ginásio Neuza Galetti, em Marília

Compartilhar via Facebook
Compartilhar via Google+
Henrique Costa/Bauru Basket
Apesar da derrota, o armador Ricardo Fischer, de Bauru, foi o cestinha do jogo com 20 pontos
O Paschoalotto/Bauru perdeu para o Flamengo, nessa terça-feira (26) à noite, por 91 a 69 no primeiro jogo da série melhor de três da final do NBB7, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro. A disputa foi totalmente dominada pelos rubro-negros.

Irreconhecível, o Dragão fez sua pior partida na temporada, com atuação apagada nos quatro períodos.

Com a derrota, a equipe bauruense tem a obrigação de vencer o próximo confronto para forçar o terceiro jogo e continuar na busca pela taça. A segunda partida será no próximo sábado (30), às 10h, no Ginásio Neuza Galetti, em Marília. Se necessário, o terceiro e decisivo duelo será realizado no dia 6 de junho, às 10h, no mesmo local.

A venda de ingressos para o segundo jogo começa amanhã em quatro pontos físicos (pela internet já estão esgotados): nas quatro lojas da Claro (Avenida Getúlio Vargas, Rua Batista de Carvalho, no Bauru Shopping e Boulevard Shopping). Os valores são: R$ 20,00 (arquibancada), R$ 10,00 (meia), R$ 100,00 (cadeira de quadra) e R$ 50,00 (meia entrada cadeira de quadra). Sócios-torcedores do Paschoalotto/Bauru deverão fazer a troca de ingressos nesta quinta e sexta, das 8h às 18h, na sede do time (Rua Sérvio Túlio Carrijo Coube, 1-60).

Jogo

O time da casa começou na frente e abriu seis pontos de vantagem. Em boa jogada, Marquinhos disparou na contraofensiva, recebeu falta e converteu os dois arremessos. Bauru diminui com Alex, após bela jogada no garrafão. Não foi suficiente. Flamengo dominava o jogo e os bauruenses pareciam sentir a pressão da torcida adversária. Final de primeiro quarto: 28 a 18 para a equipe da casa.

Na segunda etapa, o Flamengo manteve o ritmo forte. E os bauruenses não se encontravam em quadra e viram os cariocas terminarem o primeiro tempo 19 pontos à frente: 47 a 28. No terceiro quarto, Bauru sofreu um dos piores “apagões” de toda temporada. Os rubro-negros aproveitaram e abriram mais de 30 pontos.  No último quarto, o jogo seguiu sob domínio dos donos da casa até o final.

‘Mais atitude’

O técnico Guerrinha avaliou que a performance individual e coletiva do Flamengo foi superior a de Bauru. “O que tem que mudar? Ter mais atitude e mais intensidade.”
FIÉIS E APAIXONADOS

Amantes do Paschoalotto/Bauru, bauruenses viajam ao Rio de Janeiro para conferir a final do NBB7 e ainda encontrar “amigos-rivais”

Era por volta das 13h dessa terça (26). Entre os diversos quiosques existentes em toda orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, um casal bauruense apreciava a paisagem exuberante do local. Passeio? De certa forma, sim. Mas o que realmente levou os empresários Jair Orti, 58 anos, e Isa Orti, 53, à Cidade Maravilhosa vai além do turismo. “Tudo por amor ao basquete e ao time do coração”, define Jair.

A esposa e ele viajaram 800 quilômetros para assistir ao Paschoalotto/Bauru encarar o Flamengo na primeira partida da final do NBB7. “Acompanhei todos os jogos, ou seja, 100% de aproveitamento”, garante o empresário, com a camisa do Dragão estampada no peito.

Jair ajudou a fundar a Torcida Fúria do Bauru Basket, em meados de 1999. Desde então, nunca perdeu um duelo da equipe bauruense. Para se ter uma ideia, a paixão e fidelidade com o time são tão grandes que ele encarou até uma viagem internacional a Cancún, no México, quando o Dragão disputou os jogos da semifinal da Liga das Américas – campeonato no qual foi campeão.

“Você está diante de verdadeiros torcedores”, reforça a esposa de Jair durante a entrevista, concebida às margens da praia de Copacabana. Ela, porém, não acompanha sempre o marido, mas disse apoiá-lo. “Às vezes, ele vai sozinho e eu fico tomando conta dos negócios”, explica. O casal trabalha no ramo de lanchonetes.

“Tenho a colaboração dos familiares e da Isa. Sendo assim, viajo com prazer para acompanhar o Bauru Basket, porque sei que ela (esposa) está tomando conta de tudo. Sinto-me como um representante de toda Bauru”, orgulha-se.

Vale tudo

Para garantir a viagem ao Rio e poder acompanhar de perto mais um confronto do Paschoalotto/Bauru, o casal trabalhou dobrado na segunda-feira. “Adiantamos todos os compromissos da semana, pegamos o voo em Bauru às 6h de hoje (ontem), com conexão em Campinas, e agora estamos concentrados, só aguardando para ver a vitória do Bauru em cima do Flamengo”, apostou Jair.

O casal se hospedou em hotel em Copacabana e, poucas horas antes do confronto decisivo, se mostrava animado, exibindo a bandeira do Dragão pelo calçadão da praia. “Temos orgulho de torcer para Bauru”, concluiu Jair.

Rivalidade só em quadra

Entre um jogo e outro, Jair e Isa firmaram amizade com dois verdadeiros rivais no esporte. Porém, só dentro das quadras. Fora dos “combates”, o papo entre eles vai longe e, claro, sempre termina em basquete. Cariocas e flamenguistas roxos, o funcionário público João David Andrade de Carvalho, 43 anos, e o DJ Fernando Dias, 49, encontraram com o casal bauruense na praia de Copacabana, nessa terça à tarde, horas antes do confronto entre Bauru e Flamengo. 

“Nos conhecemos nos jogos e vimos que eles (Jair e Isa) são tão apaixonados por basquete quanto nós”, resumiu João. Ele, inclusive, garante acompanhar o Flamengo desde os anos 1990. “Tanto os jogadores, comissão técnica e até mesmo os juízes nos chamam pelo nome. Já cheguei a ir embora da arena junto com os árbitros no metrô, comentando sobre a partida”, ressalta.

Questionados sobre a eficiência dos dois times que disputam a final do NBB, ambos concordaram que Bauru tem o melhor elenco. “Mas jogo é jogo. Tudo pode acontecer e o que vale na hora são a emoção e dedicação dentro de quadra”, disse Fernando.

No entanto, ao contrário de Jair, ele e o amigo João não devem viajar até Marília para assistir ao segundo jogo do playoff. “O horário de voo não bate com nossa rotina de trabalho. Infelizmente, acompanharemos o duelo de longe, pela TV”, lamenta João. Ao final do encontro entre amigos, os quatro trocaram camisetas e até bandeiras dos times, e posaram para fotos com sorriso largo no rosto. “Rivalidade só dentro da quadra”, concluiu Fernando, aos risos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário