quarta-feira, 27 de maio de 2015



Polícia do Recife prende um dos mafiosos mais procurados da Itália

Pasquali Scotti foi condenado por mais de 20 homicídios.
Ele passou quase 30 anos foragido da justiça.

A Polícia Federal prendeu no Recife um dos mafiosos mais procurados da Itália. Pasquali Scotti entrou no Brasil há 29 anos e é acusado de 26 assassinatos.
Segundo as investigações, Pasquali Scotti usou documentos falsos, adotou o nome de Francisco de Castro Visconti e foi morar no Recife. Se casou e teve dois filhos pernambucanos. Nesta terça-feira (26) pela manhã, depois que levou as crianças pra escola, foi preso pela Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.
Pasquale Scotti é acusado de ser um dos líderes da máfia napolitana: a Nova Camorra Organizada. Ele foi condenado à prisão perpétua pela justiça italiana por extorsão e 26 assassinatos. Ele estava foragido desde 1984. Pelos depoimentos na sede da Polícia Federal, ficou confirmado que a família brasileira não tinha conhecimento da sua verdadeira identidade, nem das ligações dele com a máfia.
“Nós vamos continuar a investigação para saber quem é que deu suporte, quem deu esse apoio logístico durante esses anos todos a ele pra desarticular também eventual organização nesse sentido”, afirma o superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Cordeiro.
Em Brasília, o chefe da Interpol na Itália falou sobre o mafioso. Ele disse que a prisão foi uma das mais importantes realizadas até hoje, porque Scotti é um dos mais perigosos foragidos italianos que ainda não tinham sido presos.
No Recife, Pasquale Scotti abriu uma empresa de fogos de artifício e também fazia corretagem de imóveis para estrangeiros. A prisão dele repercutiu na Itália. Numa da polícia italiana na internet havia uma simulação feita em computador de como Pasquale estaria agora. Veja no vídeo acima a comparação da simulação com a foto dele, tirada nesta terça-feira.
Depois de prestar depoimento e confessar que assumiu a identidade falsa, Pasquale foi levado para fazer exame de corpo de delito no IML e, nesta quarta-feira (27), irá pra sede da Polícia Federal, em Brasília. A extradição terá que ser autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. E a decisão final é da presidente Dilma Rousseff.

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