Polícia do Recife prende um dos mafiosos mais procurados da Itália
Pasquali Scotti foi condenado por mais de 20 homicídios.
Ele passou quase 30 anos foragido da justiça.
A Polícia Federal prendeu no Recife um dos mafiosos mais procurados da Itália. Pasquali Scotti entrou no Brasil há 29 anos e é acusado de 26 assassinatos.
Segundo as investigações, Pasquali Scotti usou documentos falsos, adotou o nome de Francisco de Castro Visconti e foi morar no Recife. Se casou e teve dois filhos pernambucanos. Nesta terça-feira (26) pela manhã, depois que levou as crianças pra escola, foi preso pela Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.
Pasquale Scotti é acusado de ser um dos líderes da máfia napolitana: a Nova Camorra Organizada. Ele foi condenado à prisão perpétua pela justiça italiana por extorsão e 26 assassinatos. Ele estava foragido desde 1984. Pelos depoimentos na sede da Polícia Federal, ficou confirmado que a família brasileira não tinha conhecimento da sua verdadeira identidade, nem das ligações dele com a máfia.
“Nós vamos continuar a investigação para saber quem é que deu suporte, quem deu esse apoio logístico durante esses anos todos a ele pra desarticular também eventual organização nesse sentido”, afirma o superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Cordeiro.
Em Brasília, o chefe da Interpol na Itália falou sobre o mafioso. Ele disse que a prisão foi uma das mais importantes realizadas até hoje, porque Scotti é um dos mais perigosos foragidos italianos que ainda não tinham sido presos.
No Recife, Pasquale Scotti abriu uma empresa de fogos de artifício e também fazia corretagem de imóveis para estrangeiros. A prisão dele repercutiu na Itália. Numa da polícia italiana na internet havia uma simulação feita em computador de como Pasquale estaria agora. Veja no vídeo acima a comparação da simulação com a foto dele, tirada nesta terça-feira.
Depois de prestar depoimento e confessar que assumiu a identidade falsa, Pasquale foi levado para fazer exame de corpo de delito no IML e, nesta quarta-feira (27), irá pra sede da Polícia Federal, em Brasília. A extradição terá que ser autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. E a decisão final é da presidente Dilma Rousseff.
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