Após escândalo, eleição de presidente da Fifa tem ameaça de bomba
Em meio do maior escândalo de corrupção da história do futebol, Fifa escolhe presidente que vai comandar as decisões do esporte.
No meio do maior escândalo de corrupção da história do futebol, a Fifa escolhe o presidente que vai comandar as decisões do esporte mais popular do planeta. Indiferente aos pedidos de renúncia, Joseph Blatter concorre à reeleição.
Em um ginásio em Zurique vai ser decidido o futuro da Fifa e do futebol mundial. O suíço Joseph Blatter é o franco favorito à reeleição. Ele concorre ao quinto mandato e tem como opositor o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, de 39 anos de idade, que é vice-presidente da Fifa.
Em um discurso, Joseph Blatter pediu para os delegados cerrar fileiras em relação a esse momento tão difícil da Fifa e para que a entidade siga adiante. O discurso dele foi interrompido por uma ativista da Palestina. Palestinos estão protestando pedindo que Israel seja expulso da Fifa. Blatter pediu para ela ser retirada.
Um dos dois candidatos precisa de ter dois terços dos 209 votos na primeira rodada. Se isso não acontecer, uma segunda rodada de votação começa e basta a maioria simples, metade dos votos mais um para que um deles seja eleito presidente da Fifa.
Blatter conta com apoio dos africanos, que tem 54 votos. E também dos asiáticos e também de grande parte dos representantes da América Latina. Já o príncipe jordaniano conta com apoio maciço dos europeus e de outras federações que podem mudar de lado na última hora.
Blatter deve ser reconduzido para um novo eleito a não ser que haja alguma surpresa. O voto da CBF vai ser dado por Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense de Futebol. Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixou Zurique nesta quinta-feira (28) em direção ao Brasil.
De qualquer forma, ele não votaria porque é membro do comitê executivo da Fifa.
De qualquer forma, ele não votaria porque é membro do comitê executivo da Fifa.
Mas, perde uma decisão importante que será tomada no sábado (30). Reunião do comitê executivo decide se a América do Sul continua tendo direito a disputar a quinta vaga nos mundiais no sistema de repescagem.
Enquanto se decide o futuro da Fifa, novas prisões de suspeitos ocorrem. Um ex vice-presidente foi libertado depois de pagar fiança.
Jack Warner pagou uma fiança de 400 mil dólares e deixou a prisão em uma ambulância. Segundo o oficial de justiça, o ex vice-presidente da Fifa reclamou que estava exausto. Por isso, não deu entrevistas na saída da delegacia. Warner enfrenta 12 acusações e é um dos 14 indiciados no maior escândalo de corrupção da história do futebol.
Na Argentina, a justiça acatou o pedido da embaixada americana e ordenou a captura de três empresários envolvidos no esquema. Alejandro Burzaco, Hugo Jinkins e o filho Mariano já são considerados foragidos.
Na noite desta quinta-feira (29), um juiz negou o pedido de habeas corpus para que eles não fossem extraditados para os Estados Unidos. Os três empresários são acusados de pagamento de propina e lavagem de dinheiro.
Além deles, outro indiciado que ainda está solto é o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol. Ele é acusado de crime organizado, lavagem de dinheiro e fraude monetária. Leóz tem 86 anos e está internado em um hospital, por causa de uma crise de hipertensão.
Na abertura do congresso da Fifa, em Zurique, o presidente Joseph Blatter disse que o escândalo trouxe vergonha e humilhação para o esporte. Blatter não está na lista de investigados e afirmou que os culpados pela corrupção são uma minoria. “Muita gente me responsabiliza pelas ações da comunidade do futebol, mas eu não posso monitorar todo mundo o tempo todo”, disse Blatter.
As explicações do dirigente não acalmaram os manifestantes, que exigiam a saída dele. O presidente da Uefa, o francês Michel Platini, também pediu a renúncia de Blatter. O suíço comanda a Fifa desde 1998 e concorre ao quinto mandato. Ele ainda é o favorito.
Mas nas últimas horas, várias federações anunciaram apoio ao adversário dele, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein. O jordaniano promete transparência total e a reformulação da Fifa. Um discurso, que diante do escândalo atual, pode deixar mais acirrada uma eleição, que até pouco tempo parecia decidida.
E o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero saiu antes de terminar essa reunião da Fifa. Ele desembarcou às 4h30 da manhã, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Ele veio em um voo que saiu de Frankfurt, na Alemanha.
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