quinta-feira, 28 de maio de 2015

Bancos e Petrobras elevam Ibovespa com respaldo externo

Bolsa subiu 1,13%, a 54.236 pontos, e teve pregão com volume financeiro que somou R$ 6,6 bilhões

atualizado em 28/5/2015 às 10h03
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A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta quarta-feira (27) e novamente acima dos 54 mil pontos, em meio à recuperação das ações de bancos e dos papéis da Petrobras, tendo como suporte o viés positivo nas praças acionárias externas.
 Foto: Nacho Doce (BRAZIL - Tags: BUSINESS IMAGES OF THE DAY) - RTR2PMA2 / Reuters
Foto: Nacho Doce (BRAZIL - Tags: BUSINESS IMAGES OF THE DAY) - RTR2PMA2 / Reuters
O Ibovespa subiu 1,13%, a 54.236 pontos, após oscilar sem tendência definida na primeira etapa do dia, com o noticiário corporativo e movimentos de realização de lucros exercendo pressão negativa nos negócios.
O volume financeiro do pregão somou R$ 6,6 bilhões. Agentes financeiros também repercutiram positivamente à aprovação no Senado Federal da medida provisória que trata de benefícios trabalhistas, apesar de ainda estarem apreensivos com eventual desfiguração das medidas de ajuste fiscal no Legislativo.
Na véspera, o Senado aprovou a Medida Provisória 665, que altera o acesso a benefícios como o seguro-desemprego, e nesta sessão é aguardada a votação da MP 664, que trata dos benefícios previdenciários.
Em Wall Street, os principais índices acionários avançaram guiados pelas ações de tecnologia e de cuidados pessoais, com investidores também na expectativa de que a Grécia será capaz de evitar um default de sua dívida.
Destaques
Bradesco e Itaú Unibanco subiram 2,71% e 2,03%, respectivamente, recuperando parte do declínio acumulado na semana passada, com dados de crédito de abril do Banco Central mostrando, por um lado, aumento na inadimplência e crescimento lento dos empréstimos, enquanto, do lado positivo para o setor, aumento dos spreads.
Petrobras fechou com as preferenciais em alta de 1,29% e as ordinárias avançando 1,20%, dando uma trégua após três sessões consecutivas de perdas.
Eletrobras figurou entre as maiores altas, com as preferenciais subindo 6,27%, em meio a declarações do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de que o governo federal está promovendo ajustes que podem implicar na venda de ativos de geração e transmissão de eletricidade.
Cemig fechou em alta de 2,63%, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiar o julgamento da ação movida pela empresa para continuar com a concessão da hidrelétrica Jaguara. O entendimento entre alguns operadores é o de que o adiamento dá mais tempo para a companhia tentar uma decisão favorável para seguir com a usina.
Rumo All avançou quase 10%, com o JPMorgan destacando em nota a clientes como positiva para a empresa a informação de que o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, teria se reunido com as três maiores operadoras de ferrovias para discutir investimentos no setor, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.
Vale reagiu na segunda etapa do dia após fraqueza inicial e engatou o quinto pregão consecutivo de ganhos, em linha com a nova alta do minério de ferro na China.
Kroton fechou em queda de mais de 3%, com mudanças nas regras de programas de financiamento ao ensino do governo abrindo espaço para realização de lucros na ação, que acumulava até a véspera ganho de mais de 10%. Depois de mudar exigências para inscrição no Fies, o Ministério da Educação também anunciou alterações para Pronatec e o Ciência sem Fronteiras. Ainda prorrogou o prazo para os aditamentos do primeiro semestre de 2015 do Fies. O STF confirmou liminar contra a aplicação das novas regras do Fies na renovação de contratos, notícia considerada neutra.
Ultrapar cedeu mais de 1%, após divulgação de queda nas vendas de combustíveis em abril, com relatório do Credit Suisse citando que as ações das empresas estão "bem precificadas", apesar do Ebitda forte no primeiro trimestre do ano.
JBS reverteu as perdas iniciais e fechou em alta de quase 2%, após afirmar que o embargo imposto pela Rússia à importação de carne de dois de seus frigoríficos - além de 8 unidades de outras produtoras - não provocará problemas no atendimento de seus contratos russos.
Marfrig e BRF , também afetadas pela decisão de Moscou, seguiram a mesma trajetória e fecharam em alta de 0,24% e 1,9%, respectivamente.
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