Presidente chora e, ao lado de Robinho, anuncia fim de vínculo
Do correspondente Tiago SalazarSantos (SP)
É definitivo. Robinho não joga mais pelo Santos. Nesta terça-feira, no último dia de contrato do atacante com o clube da Vila Belmiro, uma reunião entre as partes selou o fim do vínculo após dez meses desta que foi a terceira passagem do Rei das Pedaladas pelo Peixe. Por meio de um vídeo, Modesto Roma Jr, presidente santista, e o próprio jogador anunciaram a despedida.
"Estamos aqui para comunicar que estivemos conversando com o Robinho hoje sobre a renovação de contrato, mas, infelizmente, as condições que o Santos pode pagar ao Robinho são menores que as dos clubes do exterior”, disse o mandatário, antes de completar com voz embargada e claramente segurando as lágrimas. “Ele vai continuar a sua carreira atendendo os clubes de fora do Brasil. Desejamos ao Robinho, ídolo eterno do nosso clube, sucesso em sua carreira, torcendo para que seja feliz", encerrou.
Na segunda parte do vídeo divulgado pela Santos TV, canal institucional do clube, Robinho, já sem o uniforme alvinegro, se despede do torcedor.
"Torcedor do Santos, queria agradecer vocês pelo carinho, pelo respeito, agradecer a toda a comissão técnica e jogadores, que são amigos que fiz para a vida toda. Infelizmente, não será possível a renovação do meu contrato, mas o Santos vai estar sempre no meu coração. Agradeço a diretoria pelo esforço que fez para que eu pudesse ficar para a alegria de todos. Mas, infelizmente, não foi possível”, afirmou o agora ex-camisa 7.
“O Santos continuará grande como sempre foi. O Santos está acima de qualquer jogador. É maior. Saio chateado porque é a minha família, mas é vida que segue. O Santos vai continuar grande e vou procurar ser feliz fazendo o que eu mais gosto, que é jogar futebol. Obrigado. Agradeço a todos. Continuo torcendo pelo Santos e espero que um dia eu possa voltar", finalizou o craque.
Divulgação/Santos FC
Robinho reafirmou que o Santos segue "acima de qualquer jogador", mas admitiu estar triste com a saída
Agora, o próximo passo é o clube chinês Guangzhou Evergrande concretizar a contratação do atacante. Com uma oferta de 1 milhão de euros (cerca de R$ 3,4 milhões) por um período de três temporadas, o que renderá a Robinho cerca de R$ 40,8 milhões por ano e aproximadamente R$ 122,4 milhões ao fim do vínculo, o time do técnico Luiz Felipe Scolari e que também conta com os brasileiros Elkeson, Renê Júnior, Alan, Ricardo Goulart e Paulinho, superou a concorrência de Cruzeiro e Querétaro, do México.
Para efeito de comparação, a proposta bate até o atual contrato de Neymar com o Barcelona. Em um dos melhores times do mundo e no auge de sua carreira, o jogador de 23 anos recebe 10,8 milhões de euros por temporada, na Espanha. Existe a especulação que o Barça pretende propor uma renovação a Neymar que elevaria seu salário para 12 milhões de euros por ano, o que apenas igualaria a oferta do Guangzhou Evergrande a Robinho, que já está com 31 anos e próximo do fim de sua carreira.
Com a camisa alvinegra, Robinho conquistou conquistou dois títulos Brasileiros (2002 e 2004), uma Copa do Brasil (2010) e dois Paulistas (2010 e 2015). Em sua primeira passagem (2002 a 2005), marcou 61 gols em 141 jogos. Em 2010, quando retornou por empréstimo, fez 11 gols em 23 partidas. E nesta sua terceira passagem pela Vila, de agosto de 2014 até esta terça, foram 41 jogos e 17 gols.
Ricardo Saibun/Santos FC
Robinho se despediu do time na tarde desta terça-feira
Mulher diz que Russo está confuso por causa dos remédios: "Ele só pede para ir embora"
Ex-assistente de palco foi internado depois de sofrer um AVC
Adriana Mello, mulher do ex-assistente de palco Russo, disse ao R7, nesta terça-feira (30), que o marido saiu do coma induzido, mas continua meio confuso devido às medicações.
Russo sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) no último sábado (27) e foi internado às pressas no Hospital Pasteur, no Rio de Janeiro.
— Ele está conversando, e só pede para ir embora.
O ex-assistente de palco não tem previsão de alta, mas, de acordo com o que o médico disse para Adriana, Russo deve ficar mais 3 ou 4 dias no CTI e então passará para um quarto.
Adriana também disse que familiares e amigos estão indo visitá-lo no hospital, e Russo fica emocionado com as visitas.
Além disso, ela contou que Russo passou seu aniversário, que foi comemorado nesta segunda-feira (29), muito bem, e que eles vão fazer uma festa assim que o ex-assistente de palco melhorar.
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— Assim que tudo estabilizar iremos retomar a festa que estávamos preparando para ele, já que tive que cancelar tudo. Íamos fazer uma feijoada.
Leia mais:
Marquinhos treina e garante que reforçará o Cruzeiro contra o Grêmio
Mesmo que ainda não esteja 100%, o atacante não quer ficar de fora do duelo com o Grêmio, ainda mais que o Cruzeiro passa por um momento ruim
por Agência Estado
Campinas, SP, 30 - Ausente na derrota do Cruzeiro para o Coritiba, no último domingo, no Couto Pereira, por causa de uma virose, o atacante Marquinhos treinou nesta terça-feira e garantiu que terá condições de entrar em campo nesta quarta, quando o time vai encarar o Grêmio, em Porto Alegre, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.
"Ficar fora é muito mais difícil. A pior coisa é ficar fora torcendo porque você sente mais. Vi o jogo contra o Coritiba no banco e é muito ruim. Por isso estou fazendo de tudo pra ter condições de entrar contra o Grêmio e ajudar meus companheiros", disse Marquinhos.
Mesmo que ainda não esteja 100%, o atacante não quer ficar de fora do duelo com o Grêmio, ainda mais que o Cruzeiro passa por um momento ruim, vindo de duas derrotas consecutivas, o que deixa o time apenas em 13º lugar no Brasileirão, com dez pontos.
"Ficar parado é muito ruim, eu não gosto. Gosto de trabalhar e ajudar meus companheiros dentro de campo. Espero estar melhor. É complicado sim, eu sei. Mas o importante é estar dentro de campo pra ajudar", afirmou.
Dívida bruta do governo geral atinge maior nível da série histórica em maio
Rosenberg Associados divulga análise sobre cenário econômico
A Rosenberg e Associados divulgou, nesta terça-feira (30) uma análise sobre cenário econômico atual. Confira:
Em maio, o Resultado Primário do Setor Público Consolidado (Governo Central, Governos Regionais eEmpresas Estatais), o quinto sob tutela da nova equipe econômica, registrou déficit de R$ 6,9 bilhões, pior que a expectativa da Rosenberg (-R$ 5,5 bilhões) e em linha com a do mercado (-R$ 7 bilhões). Sazonalmente, maio é um mês de fracos resultados, sendo que a média mensal para este mês nos últimos treze anos é de um superávit ao redor de R$ 6,5 bilhões (termos reais), demonstrando a dificuldade que a nova equipe está enfrentando para retornar ao mínimo de normalidade na execução da política fiscal. Entretanto, este result ado é menos pior que o registrado em maio do ano passado de -R$ 12 bilhões (termos reais).
O superávit acumulado nestes cinco primeiros meses, de R$ 25,5 bilhões, cumpre 38,5% da meta deste ano (R$ 66,3 bilhões ou 1,1% do PIB). Entretanto, dos R$ 25,5 bilhões até agora, os Estados e Municípios foram responsáveis por 75% desse total (R$ 19,2 bilhões), sendo que a meta para os entes regionais neste ano é de R$ 11 bilhões. Já o Governo Central acumulou superávit de apenas R$ 6,7 bilhões neste período, cumprindo apenas 12% de sua meta (R$ 55,3 bilhões ou 1% do PIB). É um resultado nada animador e demonstra uma situação ainda bastante delicada. Evidencia que o Governo terá que se esforçar ainda mais nos meses restantes e para cumprir o objetivo, é necessário um superávit consolidado médio mensal de R$ 5,8 bilhões até o final do ano, um desafio praticamente impossível.
As várias ações tanto do lado da receita quanto do lado das despesas tomadas até agora estão tendo seus impactos gradualmente incorporados, entretanto, tudo indica que a meta fiscal deste ano não será atingida, mesmo ajuda de receitas extraordinárias. O contingenciamento anunciado, em conjunto com as demais medidas tomadas até aqui e aaprovação pelo Congresso das diversas MPs enviadas e mais recentemente o projeto de redução da desoneração da folha de pagamentos (ainda que flexibilizadas e não aprovadas da maneira que foram propostas) são louváveis, mas insuficientes para inverter a tendência de deterioração do superávit primário de acordo com o desejado. A arrecadação, em função da desaceleração econ&oci rc;mica, desonerações e ausência de receitas extraordinárias como no passado, tem deteriorado rapidamente e está bastante aquém do inicialmente projetado. Ganha corpo a discussão de uma eventual redução da meta de superávit para este ano, cedendo à realidade dos fatos: a trajetória da receita tem decepcionado e encontra-se uma imensa dificuldade política e enorme rigidez na contenção mais profunda dos gastos. Assim, alteramos nossa perspectiva de resultado primário para 0,7% do PIB, ao redor de R$ 40 bilhões.
A despesa com juros, após um resultado favorável em abril, voltou a se intensificar, com gastos de R$ 52,9 bilhões, o menor da série histórica para meses de maio. Tal resultado foi influenciado pelo resultado negativo das operações de swap de R$ 22,1 bilhões em maio, acumulado perdas de R$ 41,3 bilhões no ano. Com o primário ruim do mês e grande despesa com juros, o resultado nominal registrou déficit mensal de R$ 59,8 bilhões, um dos piores da série histórica. Não obstante, o acumulado em 12 meses segue em patamar extremamente desconfortável e mostra uma situação delicada, com déficit nominal recorde em 7,9% do PIB, cla ramente num patamar não sustentável, resultando em crescimento explosivo da dívida bruta.
Em relação ao Governo Central, o esforço do ajuste já começa a aparecer nos dados. No lado das despesas, nota-se forte redução concentradas em despesas discricionárias, PAC, auxílio à CDE. Por outro lado, o aumento das despesas não passíveis de cortes, como benefícios previdenciários, o desmonte das "pedaladas" fiscais, despesas com desonerações da folha, LOAS, abono e seguro-desemprego, seguem comprometendo todo o esforço de contenção de despesas. Com isso, no acumulado do ano, em termos reais, as despesas totais se mantiveram no mesmo patamar do mesmo período do ano passado (crescimento zero). O que já é uma boa notícia uma vez que as despesas cresceram 6,1% em 2014 e 6, 9% em 2013, em termos reais.
Já do lado das receitas, a situação também é crítica. No acumulado do ano, a receita líquida apresentou queda de 3% em termos reais ante o mesmo período do ano passado, uma redução de R$ 19,4 bilhões. A desaceleração econômica e o impacto das desonerações, impactando a arrecadação de tributos, justificam menos da metade dessa queda. A ausência de receita extraordinária, receita de dividendos (principalmente BNDES e Petrobras) no mesmo ritmo do passado e receitas de participação especial de petróleo e gás, penalizam fortemente o lado da receita. Em suma, o desempenho da arrecadação se configura como maior risco ao cumprimento da meta fiscal deste ano.
Os Governos Regionais têm surpreendido positivamente pelos resultados e em maio registrou superávit de R$ 2 bilhões. No acumulado do ano, soma expressivos R$ 19,3 bilhões, mais do que o necessário para o cumprimento da parte dos Estados e Municípios de superávit de R$ 11 bilhões (0,2% do PIB) na meta. Não deixa de ser uma contribuição importante neste momento em que os resultados do Governo Central encontram-se aquém do necessário, entretanto, não acreditamos que se configure uma tendência e tendem a piorar ao longo do ano. Os governadores eleitos e reeleitos também se encontram em uma situação de inadiável reequilíbrio fiscal e imensas dificuldades à frente justamente pelo fato de sua pr incipal fonte de receita, o ICMS, ser pró-cíclico e estar em trajetória de queda acompanhando a deterioração do ritmo de atividade. As Empresas estatais registraram déficit de R$ 72 milhões em maio (-R$ 346 milhões no ano), sendo que sua meta para o ano é de um resultado primário ao redor de zero.
Ao mesmo tempo, os juros nominais seguem fortemente influenciados pelas operações de swap do Banco Central, justificando a redução dessas operações. Em maio, a despesa líquida com juros foi de R$ 52,8 bilhões. Contribuíram para esse resultado o resultado desfavorável das operações de swap cambial de R$ 22,1 bilhões em maio. No ano, o resultado segue desfavorável ao Banco Central em R$ 41,2 bilhões.
A composição do gasto com juros entre as esferas foi a seguinte: a Federal registrou forte elevação, enquanto a esfera Regional elevação de menor magnitude, por conta da dinâmica dos indexadores que corrigem parcelas dif erentes das dívidas de cada ente, além das já citadas operações de swap cambial. No acumulado em 12 meses, os juros nominais totalizaram ainda elevados R$ 408,8 bilhões (7,22% do PIB), ante 5,6% do PIB no final de 2014. Nos próximos meses, a Selic elevada e os índices de inflação (ao consumidor) em patamar alto devem impactar negativamente as despesas com juros, enquanto a posição de swaps cambiais do BCB deverá aumentar a despesa com juros caso o câmbio siga tendência de depreciação.
Com a piora no superávit primário e na conta de juros, o resultado nominal registrou outro recorde: déficit de R$ 59,8 bilhões, ante um déficit nominal já ruim de R$ 35,2 bilhões em maio/14. No acumulado em 12 meses segue em patamar recorde e insustentável (7,9% do PIB). Em 2014, o déficit nominal atingiu expressivos e recordes 6,23% do PIB, um patamar extremamente desconfortável, ante 3,2% do PIB em 2013. A tendência para este ano é incerta, porém ainda longe dos patamares prudentes e não suficiente para garantir uma trajetória de estabilidade/queda da dívida pública. Com este resultado nominal, a dívida líquida do setor público atingi u R$ 1,904 trilhão (33,63% do PIB), com aumento de 1,27 p.p. do PIB em relação ao mesmo mês do ano anterior. No ano, a relação DLSP/PIB reduziu-se em 0,5 p.p. do PIB. Contribuíram para isso:
>> crescimento do PIB nominal (-0,8 p.p.);
>> superávit primário (-0,5 p.p);
>> reconhecimento líquido de ativos (-0,0 p.p.);
>> depreciação cambial de 19,7% no período (-2,8 p.p);
>> juros nominais apropriados (+3,5 p.p.).
>> ajuste de paridade da cesta de moedas que compõe a dívida externa líquida (+0,1 p.p).
Resultado final de toda essa indisciplina fiscal dos ltimos anos, a Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e municipais), não esconde a deterioração e, por sua vez, segue aumentando, tendo alcançado R$ 3,539 trilhões (62,5% do PIB) em maio, o maior patamar da série histórica, com expressivo aumento de 8,21 p.p. do PIB em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em relação a dez/11 (patamar mínimo recente), houve explosivo aumento de 11,22 p.p. do PIB. Essa forte elevação nos últimos 3 anos se deve principalmente à emissão de títulos para capitalizar o BNDES, além do Banco do Brasil e a Caixa Econ&oc irc;mica Federal, à deterioração da política fiscal e o fraco crescimento do PIB. Esta é a principal variável de objetivo da atual equipe, com meta de estabilização/queda desta relação no médio prazo, mas com aumento no curto prazo. Não obstante, a dívida bruta segue em patamares desconfortáveis e elevados quando comparado internacionalmente com países emergentes ou com rating similar.
Perscpectivas
A brutal deterioração da política fiscal (e parafiscal) dos últimos anos resultou na piora do endividamento do setor público e com impactos não desprezíveis sobre a inflação, transparência, credibilidade e solvência do setor público. O ajuste fiscal deixou de ser opção para tornar-se necessidade. A série de medidas tomadas até agora atua na direção correta, no sentido de recompor o superávit primário, porém se mostram insuficientes para alcançar a meta estipulada. Convém ressaltar que a meta de 1,1% do PIB, mesmo se cumprida, é uma inversão da trajetória de deterioração, mas não resolve os problemas fiscais do país e é insuficiente para estabilizar a relação dívida bruta/P IB. Esperamos um resultado primário ao redor de 0,7% do PIB para o setor público em 2015. Louvável é a sinalização de volta ao caminho da austeridade/ortodoxia, porém o caminho ainda é longo e os riscos são grandes, especialmente políticos.
30/06/2015 12h37- Atualizado em30/06/2015 15h50
Dilma promete reflorestar 120 mil km² e zerar desmatamento ilegal até 2030
Presidente firmou compromisso nos EUA com o presidente Barack Obama. Área de florestas recuperada equivale à metade do estado de São Paulo.
Em declaração conjunta dos governos do Brasil e dos Estados Unidos divulgada nesta terça-feira (30), a presidente Dilma Rousseff assinou compromisso de, até 2030, recuperar 120 mil km² de florestas. Em entrevista à imprensa, ela se comprometeu ainda a zerar o desmatamento ilegal em 15 anos.
"Nós queremos chegar no Brasil a desmatamento zero até 2030. Desmatamento ilegal zero até 2030", disse a presidente.
O governo brasileiro diz no documento que as fontes renováveis, tanto para geração de energia como para biocombustíveis, devem representar entre 28% e 33% do total de recursos usados, também até 2030. A meta não inclui a energia hidrelétrica. São exemplos de fontes renováveis o sol, vento e a biomassa. A intenção é diminuir o uso de fontes que se esgotam, como petróleo e carvão.
A assinatura do documento ocorreu após encontro com o presidente norte-americano Barack Obama na Casa Branca, em Washington.
"O Brasil implementará políticas com vistas à eliminação do desmatamento ilegal, em conjunto com o aumento ambicioso de estoques de carbono por meio do reflorestamento e da restauração florestal. Para tanto, o Brasil pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares (120 mil km²) de florestas até 2030", diz o documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.
A área de florestas a ser recuperada equivale à metade do estado de São Paulo.
No anúncio, Dilma e Obama ressaltaram os benefícios de ações para limitar o aumento da temperatura global e assinalaram que, nos últimos anos, os dois países têm estado "ativa e produtivamente engajados" em atividades que reduziram emissões de gases de efeito estufa.
Usina eólica de Palmas, capital de Tocantins. País quer ampliar uso de fontes renováveis (Foto: Divulgação / AEN)
De acordo com a declaração conjunta, Brasil e Estados Unidos reduziram emissões de gases de efeito estufa desde 2005. O texto diz que o Brasil reduziu as emissões em cerca de 41% desde 2005, enquanto os Estados Unidos diminuíram em cerca de 10%.
Na declaração, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho formado pelo Brasil e pelos Estados Unidos sobre mudanças do clima, com o objetivo de "ampliar a cooperação bilateral em questões relacionadas ao uso da terra, energia limpa e adaptação, bem como diálogos políticos sobre a questão climática em nível nacional e internacional."
Metas nacionais O compromisso divulgado nesta terça não apresenta as metas brasileiras que serão levadas para a Conferência do Clima de Paris, quando será fechado um novo acordo global para frear o aquecimento global e, com isso, conter a mudança climática.
A apresentação de metas nacionais é um dos principais elementos que vão dar corpo ao novo acordo global do clima, em negociação no âmbito das Nações Unidas. Cada país precisa apresentar o que vai fazer para diminuir os gases de efeito estufa “dentro de casa”. A decisão foi definida na última cúpula do clima, a COP 20, em Lima, no Peru.
O futuro tratado – obrigatório a todos os países (legalmente vinculante) – tentará conter a temperatura do planeta em 2ºC até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.
Estados Unidos, União Europeia e outros países desenvolvidos já anunciaram o que vão realizar. No entanto, os principais emissores de gases de efeito estufa – Índia, Austrália e Brasil – não divulgaram seus planos.
Viagem da presidente Dilma chegou aos Estados Unidos no último sábado (27), acompanhada de ministros, e cumpriu agenda em Nova York. No domingo (28) e em parte desta segunda (29), ela teve série de encontros com empresários de diversos setores, como o financeiro e o de infraestrutura.
Nesta segunda, ela embarcou para Washington, onde visitou, ao lado de Obama, o Memorial Martin Luther King Jr., em homenagem ao líder da luta por igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos. Na sequência, os dois seguiram para um jantar na Casa Branca.
O encontro entre Dilma e Barack Obama marca a superação da crise diplomática entre os dois países, iniciada em 2013, quando documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden revelaram que os EUA monitoraram atividades de outros países e de seus líderes, incluindo Dilma.
À época, a presidente cancelou a visita de Estado que faria aos Estados Unidos. Em entrevista a um jornal belga no início de junho, Dilma disse que o caso é "uma questão do passado".
Google exclui vídeos de Cristiano Araújo denunciados por internautas
Juiz determinou que imagens do sertanejo morto sejam retiradas, em Goiás. Empresa quer que TJ especifique links para poder fazer todas as exclusões.
Cristiano Araújo e a namorada, Allana Moraes, morreram em acidente (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Com base em denúncias de internautas, o site de buscas Google informou que já começou a remover os vídeos que mostram a preparação para o velório do corpo do cantor Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro, na última quarta-feira (24), em Goiás. As imagens vazaram na internet e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A Justiça determinou a retirada de todas as fotos e vídeos do corpo do cantor tanto do Google quanto do Facebook. O site de buscas informou ao G1 por meio de nota que já foi notificado, mas diz ser “necessário que qualquer ordem judicial para remoção de conteúdo especifique as URLs [endereços das páginas] dos conteúdos a serem removidos".
O comunicado adiantou ainda que algumas imagens do caso já foram excluídas. "Em paralelo, o Google já removeu diversos vídeos do caso em questão que foram indicados por usuários como violações dos termos de uso e das políticas do YouTube", disse.
Já o Facebook afirmou que não comenta casos específicos.
A assessoria do Tribunal de Justiça explicou que o juiz William Fabian, da 3ª Vara de Família de Goiânia, responsável pela decisão, ainda não recebeu nenhum pedido do Google sobre a especificação dos links a serem removidos e também não tem conhecimento de nenhum recurso pedido pela empresa.
Investigação A Polícia Civil ouviu nesta segunda-feira (29), mais duas pessoas que receberam os vídeos do corpo de Cristiano Araújo sendo preparado para o velório. Elas disseram ao delegado responsável pelo caso, Eli José de Oliveira, que recebera o arquivo do sobrinho, o estudante de enfermagem Leandro Almeida Martins.
Ele, por sua vez, contou à polícia que recebeu da colega de turma Márcia Valéria dos Santos, 39, que trabalhava na clínica responsável pela preparação do corpo e apontada como autora da gravação.
“As duas tias confirmaram que receberam o vídeo do Leandro e começaram a assistir sem saber do que se tratava. Elas ficaram horrorizadas com o que viram, pararam de ver e apagaram do celular sem passar para mais ninguém”, contou o delegado. Ainda de acordo com o investigador, não há prova que elas desrespeitaram o corpo de maneira “desprezível e humilhante”. Por isso, elas não serão indiciadas por nenhum crime.
Já Marcia e Leandro foram indiciados por vilipêndio de cadáver (desrespeito ao corpo), com pena que varia de um a três anos. Além deles, o técnico em tanatopraxia (procedimento de retirada dos fluídos do corpo para o enterro) Marco Antônio Ramos, 41, responsável pela preparação do corpo e que também aparece na filmagem, vai responder pelo mesmo crime por não ter impedido a gravação.
Para o delegado, os três indiciados são realmente os principais culpados pelo vazamento da imagem, mesmo afirmando que passaram apenas para um reduzido número de pessoas. “Os dois foram os primeiros [a ter e divulgar o vídeo]. Como as tias disseram que receberam, mas nem terminaram de ver e apagaram sem passar para ninguém, vemos que, com certeza, foram os dois. Se eles assumem que passaram só para algumas pessoas, podem muito bem ter passado para outras que não tenham assumido”, explicou Oliveira.
Carro onde casal estava ficou completamente destruído (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Morte Cristiano Araújo morreu em um acidente de carro na BR-153, entre Morrinhos e Pontalina, na quarta-feira (24) quando voltava de um show em Itumbiara, no sul do estado. No veículo também estava a namorada do cantor, a estudante Allana Moraes, de 19 anos, que morreu no local, além do motorista do músico, Ronaldo Miranda, e do empresário dele, Victor Leonardo – os dois se feriram, mas já receberam alta do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG).
O corpo do cantor foi enterrado por volta das 12h de quinta-feira (25), no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia. Mais de 1,5 mil pessoas, entre familiares, amigos e fãs, acompanharam a cerimônia, segundo estimativas da Polícia Militar. Eles deram uma salva de palmas e cantaram vários sucessos do artista durante a despedida.
O sepultamento do cantor ocorreu após um cortejo de 15 km em um carro dos bombeiros, que partiu do Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde o corpo foi velado por mais de 15 horas, até o local. O caixão estava coberto por uma bandeira do Brasil e outra do Vila Nova, time do coração do sertanejo.
Familiares se emocionam no enterro de Cristiano Araújo (Foto: Sílvio Túlio/G1)