Justiça Federal nega pedido de liberdade a Marcelo Odebrecht
Presidente da empreiteira foi preso na 14ª fase da Operação Lava Jato.
Desembargador diz que há fortes indícios contra o executivo.
A Justiça Federal negou neste sábado (27) o pedido de liberdade feito pela defesa de Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país. Ele foi preso preventivamente na sexta-feira (19), durante a 14º fase da Operação Lava Jato. O recurso foi analisado pelo Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre.
A defesa de Odebrecht havia entrado com o pedido de habeas corpus na última quinta-feira (25) alegando que não existiam indícios contra o executivo e que a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão, era "ilegal" e “vazia”.
No entanto, o desembargador João Pedro Grebran Neto, relator dos processos da Lava Jato na segunda instância da Justiça Federal, entendeu que há fortes indícios de participação do executivo no escândalo de corrupção daPetrobras e manteve a prisão.
Marcelo Odebrecht é suspeito de corrupção, fraude a licitações, organização criminosa, lavagem de dinheiro e formação de cartel em contratos com a estatal. Ele está preso na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba.
14ª fase da Lava Jato
As empreiteiras alvo desta fase da Lava Jato foram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
As empreiteiras alvo desta fase da Lava Jato foram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
O delegado Igor Romário de Paula afirmou que há indícios bem concretos, com documentos, de que os presidentes das empresas tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas.
No total, 12 pessoas ligadas a duas construtoras foram presas. Onze foram levados de avião para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. O 12º preso, Paulo Roberto Dalmazzo, ex-executivo da Andrade Gutierrez, se entregou na Superintendência da PF, acompanhado do advogado.
No total, 12 pessoas ligadas a duas construtoras foram presas. Onze foram levados de avião para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. O 12º preso, Paulo Roberto Dalmazzo, ex-executivo da Andrade Gutierrez, se entregou na Superintendência da PF, acompanhado do advogado.
Confira a lista dos presos desta fase, segundo as investigações:
- Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, prisão preventiva
- João Antônio Bernardi, ex-funcionário da Odebrecht, prisão preventiva
- Márcio Faria da Silva, diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- Rogério Santos de Araújo, diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- César Ramos Rocha, diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, prisão preventiva
- Elton Negrão, diretor da Andrade Gutierrez, prisão preventiva
- Paulo Roberto Dalmazzo, ex-diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- Christina Maria da Silva Jorge, sócia da Hayley, prisão temporária
- Alexandrino de Salles, ex-diretor da Odebrecht, prisão temporária
- Antônio Pedro Campelo de Souza, ex-diretor da Andrade Gutierrez, prisão temporária
- Flávio Lucio Magalhães, operador, prisão temporária
- João Antônio Bernardi, ex-funcionário da Odebrecht, prisão preventiva
- Márcio Faria da Silva, diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- Rogério Santos de Araújo, diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- César Ramos Rocha, diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, prisão preventiva
- Elton Negrão, diretor da Andrade Gutierrez, prisão preventiva
- Paulo Roberto Dalmazzo, ex-diretor da Odebrecht, prisão preventiva
- Christina Maria da Silva Jorge, sócia da Hayley, prisão temporária
- Alexandrino de Salles, ex-diretor da Odebrecht, prisão temporária
- Antônio Pedro Campelo de Souza, ex-diretor da Andrade Gutierrez, prisão temporária
- Flávio Lucio Magalhães, operador, prisão temporária
O outro lado
Em nota, a Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirmou a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos.
Em nota, a Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirmou a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos.
"Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações", diz a nota.
Também por meio de nota, a construtora Andrade Gutierrez informou que está acompanhando o andamento da 14ª fase da Operação Lava Jato e prestando todo o apoio necessário aos seus executivos nesse momento.
"A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes", diz a nota.
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