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O Kuwait se prepara para enterrar neste sábado as vítimas do atentado suicida contra uma mesquita xiita ocorrido na sexta-feira, no qual 26 pessoas morreram e 227 ficaram feridas e que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
O ministério do Interior informou que o balanço de falecidos foi de 26 pessoas, enquanto 227 ficaram feridas, o que constitui um dos piores ataques a atingir este pequeno emirado, que também nunca havia sofrido um atentado contra uma mesquita.
Em um balanço anterior, as autoridades haviam informado de que havia 27 vítimas fatais, mas contavam também com o suicida.
O ataque ocorreu na mesquita de Al-Imam al Sadeq, na capital do emirado, durante a oração semanal, na segunda sexta-feira do mês do Ramadã.
O governo decretou este sábado dia de luto nacional e colocou as forças de segurança em alerta máximo.
As autoridades da mesquita indicaram em um comunicado que os mártires da tragédia serão enterrados no cemitério xiita, no oeste da capital, às 16h00 locais (10h00 de Brasília).
A Grande Mesquita sunita receberá durante três dias as pessoas que quiserem expressar suas condolências, em um gesto de solidariedade com a comunidade xiita, que representa um terço da população.
O emir, o xeque Sabah al-Ahmad al-Sabah, o governo, o parlamento, os partidos políticos e as autoridades religiosas concordaram ao apontar que este ataque tem por objetivo atiçar as tensões entre as diferentes confissões no país, majoritariamente sunita.
O grupo EI, uma organização que interpreta a concepção sunita de um ponto de vista radical, considera os xiitas como hereges.
No fim de maio, o emir do Kuwait havia convocado os países muçulmanos a intensificar a luta contra o extremismo, durante uma conferência dedicada a coordenar os esforços contra os grupos jihadistas.
Na sexta-feira, várias pessoas foram detidas para ser interrogadas em conexão com o atentado, informou o ministério do Interior, sem fornecer mais detalhes.
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