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Cansada de ser 'ponto de referência' por causa do peso, jovem perde 31 kg
Patricia Barros, hoje com 60 kg, passou do manequim 52 para o 40.
Processo de emagrecimento começou quando ela se interessou por alguém.
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Patricia Barros dos Santos era vista como um "ponto de referência" por causa de sua gordura. No trabalho, ouvia piadas sobre o fato de ser gordinha e até ganhou o apelido de Fabiana Karla, por causa da atriz que participou recentemente do quadro "Medida Certa", do Fantástico. "Na rua, me perguntavam se eu era parente dela. Ninguém falava isso pela beleza, mas pela gordura", conta.
Em fevereiro de 2014, decidiu mudar. “Eu me interessei por uma pessoa e aí decidi ficar bonita para ter autoestima e confiança. Antes, eu nem me interessava pelas pessoas. Naquele momento, aquilo me fez querer mudar.” Ela passou de 91 kg para 60 kg e seu manequim, antes 52, hoje é 40.
Comendo por dois
Patricia começou a engordar durante a gravidez e, depois do nascimento do filho, não voltou ao peso original. “Minha família falava que eu tinha que comer por dois e eu comi tudo demais. Comia muita bobeira”, conta. Por um tempo, permaneceu com 75 kg, mas quando o filho tinha 2 anos, ela se separou e se descuidou ainda mais.
Patricia começou a engordar durante a gravidez e, depois do nascimento do filho, não voltou ao peso original. “Minha família falava que eu tinha que comer por dois e eu comi tudo demais. Comia muita bobeira”, conta. Por um tempo, permaneceu com 75 kg, mas quando o filho tinha 2 anos, ela se separou e se descuidou ainda mais.
Além de ser sedentária, sua alimentação era baseada em lanches, pizzas e chocolates. “Eu comia uma coisa já pensando em outra. Se estava comendo um pedaço de pizza, eu estava de olho para ter certeza que não iria acabar. Comia muito rápido com medo de que a comida acabasse.” É o que Patricia passou a chamar de “pensamento de gordo”.
O excesso de peso fazia com que fosse uma pessoa envergonhada e depressiva. Por não conseguir comprar roupas bonitas, deixou de sair com os amigos. A gordura afetou vários aspectos de seu cotidiano: ela não conseguia mais dormir bem, tinha que tomar remédio para controlar a pressão e mal conseguia amarrar os tênis.
A assistente parlamentar passou muitos anos sem se pesar. Quando finalmente subiu na balança e constatou que estava com 91 kg, o susto foi grande. “No fundo, eu sabia que estava gorda, mas tinha vergonha de me pesar.”
Ponto de virada
Quando finalmente tomou a decisão de emagrecer, motivada por ter se interessado por alguém, resolveu procurar uma endocrinologista. Mas não gostou do que ouviu. “Ela me deixou na pior, só faltou me chamar de baleia”, conta. Ela resolveu tentar sozinha e conseguiu emagrecer 7 kg dessa forma.
Quando finalmente tomou a decisão de emagrecer, motivada por ter se interessado por alguém, resolveu procurar uma endocrinologista. Mas não gostou do que ouviu. “Ela me deixou na pior, só faltou me chamar de baleia”, conta. Ela resolveu tentar sozinha e conseguiu emagrecer 7 kg dessa forma.
Depois, procurou uma nutricionista e, com a ajuda da profissional, perdeu mais 5 kg em um mês. “Nisso, eu me animei. As roupas começaram a servir melhor e eu vi que poderia conseguir. Todo mundo me deu muita força. Os amigos, a nutricionista, os familiares.”
Além de abandonar refrigerante, frituras, doces e massas e incluir verduras, legumes, frutas e alimentos integrais na dieta, Patricia passou a fazer exercícios três vezes por semana. Ela também adotou o hábito de comer a cada três horas.
Mas a assistente garante que não foi fácil. No começo, sentia fome e tinha tremedeira. “Eu fui bem regrada, evitava sair. Passei a Copa do Mundo em casa porque era muita tentação”, conta.
Muitas vezes teve vontade de desistir e chutar o balde, mas sempre conseguiu voltar aos trilhos. “Chegar no 60 foi uma vitória muito grande. Sou outra pessoa. As brincadeirinhas acabaram, agora é só elogio. As pessoas falam que não tem comparação e agora todas as roupas servem.”
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