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O fundo Aura Capital, de Hong Kong, abriu processo contra a Petrobrás na Corte de Nova York, alegando perdas por conta da Operação Lava Jato. É a 11.ª ação individual a entrar na Justiça dos Estados Unidos sobre as denúncias de corrupção na petroleira. O Aura afirma ter comprado American Depositary Receipts (ADRs, que são recibos de ações) da Petrobras nos Estados Unidos entre março e dezembro do ano passado. O processo foi entregue na Corte na última quarta-feira, 24,. O Aura foi criado em Hong Kong e tem escritório na Austrália e em Cingapura.
O teor do processo é semelhante ao de outros fundos que entraram com ações recentes contra a Petrobras nos EUA. Um grupo de construtoras pagou propinas para conseguir contratos, a empresa inflou o valor de ativos e não revelou o esquema ao mercado. Quando as denúncias se tornaram públicas, as ações despencaram provocando prejuízos milionários para os investidores.
O processo do Aura cita que o esquema envolveu altos funcionários da Petrobrás e do governo brasileiro. O texto destaca que o impacto total do esquema ainda está sendo investigado, mas ressalta que o balanço trimestral auditado da empresa, divulgado em 22 de abril, evidencia o impacto da corrupção.
Houve uma reavaliação de ativos (“impairment”) e uma estimativa de perdas diretas com a Lava Jato que somam US$ 17 bilhões, destaca o texto. Essa reavaliação é uma evidência também, de acordo com o processo, de como os números trimestrais anteriores da empresa estavam errados. A cotação do ADR da Petrobrás caiu de US$ 20,90 em 3 de setembro do ano passado para US$ 6 em dezembro, destaca o documento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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