Hamas acusa Israel de «sequestrar» activistas a bordo da pequena Frota
O Hamas acusou o governo israelita de «sequestrar» os activistas que viajavam na pequena Frota da Liberdade III rumo a Gaza e que foram interceptados pelas Forças Armadas israelitas que agora os escoltam até ao país.
«A ocupação israelita que está a sequestrar os activistas a bordo das embarcações e a evitar que cheguem a Gaza oferece a imagem mais desagradável da actuação israelita e uma violação do direito internacional, e mostra que a ocupação insiste em manter Gaza sob o bloqueio», disse em comunicado Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento islamita no enclave costeiro.
Forças navais israelitas abordaram nesta madrugada o Marianne, uma das embarcações da pequena Frota da Liberdade, quando se encontrava a 100 milhas náuticas da costa de Gaza, o que foi qualificado pela organização de «lesador do direito internacional» e «pirataria».
«O Hamas pede ao (secretário da ONU) Ban Ki-moon e à comunidade internacional que assumam a responsabilidade e rompam com o silêncio contra este crime. Reiteramos que a mensagem da pequena frota chegou e este barco revelou os crimes da ocupação», criticou Abu Zuhri.
O exército israelita, por sua vez, assegurou numa nota de imprensa que «após esgotar todos os canais diplomáticos, o governo israelita ordenou que a Marinha redireccionasse a embarcação para impedir a ruptura do bloqueio naval».
Tanto o Marianne como os quase 20 activistas que viajavam a bordo, entre os quais está o ex-presidente tunisino Moncef Marzouki, o deputado palestiniano com nacionalidade israeleita Ghatas e a espanhola e parlamentar europeia Ana Miranda, são escoltados pelas tropas que os abordou até ao porto de Ashdod, na costa israelita, onde chegarão durante o dia.
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