domingo, 28 de junho de 2015



 

Após vazamentos, governo quer acesso às investigações da operação Lava Jato

Ministros sustentam que há o vazamento seletivo das informações com o objetivo de desestabilizar o governo

por
iG Brasília
Publicada em 28/06/2015 11:08:46
Foto: Alan Sampaio / iG Brasília
Ministros da Justiça José Eduardo Cardozo e da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, disseram, em entrevista coletiva, que os prejudicados por vazamento de informações pedirão acesso às acusações
Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, em entrevista coletiva nesse sábado (27/6), informaram que, diante do vazamento de informações seletivas de depoimentos prestados à Operação Lava Jato, os prejudicados pedirão acesso às acusações que hoje se encontram em segredo de Justiça.
Ministros da Justiça José Eduardo Cardozo e da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, disseram, em entrevista coletiva, que os prejudicados por vazamento de informações pedirão acesso às acusações
“Há o vazamento seletivo de uma delação premiada, portanto é algo que precisa ser provado. Não sou jurista, mas o ministro Cardozo que me corrija, acredito que ainda vale a máxima de que quem acusa tem a obrigação da prova”, disse o ministro Edinho Silva, que também reafirmou que as doações feitas pela empresa UTC para a campanha da presidente Dilma Rousseff são legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.
Cardozo informou que esta será a prática, daqui para frente de todos que se sentirem prejudicados no governo, conforme combinado nesta manhã em reunião dos dois ministros, além do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.
"O governo pediu no passado e a Justiça entendeu que não concederia. A partir de agora, toda pessoa que se sentir prejudica irá pedir”, disse o ministro da Justiça.
Edinho Silva negou que o ministro da Casa Civil tenha cancelado sua viagem aos Estados Unidos devido ao vazamento de parte do depoimento do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, que aponta a doação de recursos para a campanha de Mercadante, em 2010, ao governo de São Paulo.
“Nunca esteve certo que Mercadante iria”, disse o ministro. “É natural que ele tem ficado para que, com o vice-presidente Michel Temer, conduza a parte mais administrativa”, justificou Edinho.
O ministro ainda relatou que seus encontros com Ricardo Pessoa ocorreram como qualquer encontro de um tesoureiro de campanha com um empresário e que não havia motivos, durante a campanha para que ele rejeitasse a doação. “A UTC é uma empresa que tem história de prestação de serviços não só ao governo federal”, ponderou. “Agi dentro da legalidade, estritamente dentro da legalidade”, enfatizou.
“Não tinha porque colocar sob suspeita apenas o que é doação para campanha da presidente sendo que outras doações ocorreram”, disse Edinho tomar medidas judiciais em relação aos vazamentos que o atingiram. “Tomarei as medidas judiciais em defesa da minha honra, já que a delação não expressa a verdade dos fatos”, disse o ministro.

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